Mãe das crianças fica em prisão preventiva
Depois de ouvida pelo juiz de instrução criminal, a arguida Sónia Lima foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.
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País Caxias
A mulher suspeita do homicídio das duas filhas na praia de Caxias, em Oeiras, ficou em prisão preventiva após primeiro interrogatório judicial. A decisão acaba de ser lida aos jornalistas por um funcionário judicial à porta do Tribunal de Cascais.
"Os autos indiciam suficientemente a prática de dois crimes de homicídio qualificado, isto não obstante o corpo da menor [Viviane] ainda não ter sido encontrado até ao momento", afirmou, referindo-se à menina mais velha. As autoridades têm referido que a criança tem quatro anos, mas, segundo o funcionário, tem três.
Apesar de a menina ainda não ter sido encontrada, o tribunal assumiu que a arguida deverá também responder pelo crime de homicídio qualificado desta filha. O tribunal atendeu "à circunstância de os factos já terem ocorrido há dois dias, de estarmos em plena estação de inverno, sendo que o tempo que se tem sentido nos últimos dias tem sido frio intenso e temperatura de águas baixas", referiu.
De acordo com a Polícia Judiciária, a mulher, de 37 anos, é suspeita de dois crimes de homicídio cometidos ao início da noite da passada segunda-feira na praia de Caxias, no rio Tejo. Sónia Lime, que esteve internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, teve hoje alta e foi ouvida entre as 17h30 e perto das 20h00 no Tribunal de Cascais, concelho vizinho ao de Oeiras.
O alerta para o desaparecimento das duas crianças - a mais nova de 19 meses - foi dado por uma testemunha que viu a mulher sair da água, em pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.
A criança de 19 meses foi resgatada e alvo de tentativa de reanimação, sem sucesso, enquanto a irmã continua desaparecida. As buscas no Tejo, suspensas hoje às 18h15 devido ao anoitecer e ao mau tempo, serão retomadas na manhã desta quinta-feira, que poderá ser o último dia das operações, de acordo com as autoridades.
Em declarações à agência Lusa, fonte da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco da Amadora adiantou na terça-feira que a família estava sinalizada e que a mulher já tinha apresentado queixa em novembro na polícia por violência doméstica e suspeita de abusos sobre as meninas por parte do pai que, esta noite, recusou publicamente as acusações.
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