Taxista que salvou mãe das meninas conta o que aconteceu
Homem, que não se quis identificar perante as câmaras da TVI, contou o que viu quando encontrou a Sónia Lima no rio Tejo na praia da Chiribita, em Paço de Arcos.
© Global Imagens
País Caxias
O taxista que salvou Sónia Lima das águas do Tejo contou que quando parou a sua viatura junto à praia da Chiribita “para urinar” ouviu gritos de socorro.
“Ouvi os gritos e espreitei lá para baixo. Vi um vulto ou dois aos gritos. Eram gritos com vozes diferentes, uma voz era mais fina, devia ser uma das crianças”, contou.
Nesta senda, o homem ligou para o 112 a pedir ajuda e depois foi ajudar a mulher que gritava desesperada. Desceu as escadas que dão acesso às rochas, despiu o casaco e atirou-se à água.
“Ganhei medo. O mar estava bravo, as ondas estavam quase a chegar ao muro. [Mas] lá fui eu, devagar. Quando estou a chegar lá, a senhora estava a ir-se embora com a corrente. Gritei-lhe para se segurar a uma pedra e ela assim fez. Entretanto perdeu os sentidos, dei-lhe três ou quatro safanões e acordou. Gritou para lhe salvar as filhas”, revelou.
O homem continuou o seu relato, dizendo que “já não estavam lá as filhas”. “Quando cheguei junto ao muro pareceu-me ouvir uma criança gritar, mas quando desci já só vi a mulher”, acrescentou.
Questionado pela jornalista da TVI quanto ao que disse Sónia Lima nos primeiros instantes, o homem contou que as primeiras palavras foram dirigidas às filhas.
“As minhas filhas. Salve-as, salve-as. Salve as minhas meninas”, terá dito Sónia. “Também me disse para a deixar ir, porque a dor era muito grande. Mas eu metia-a ao ombro e levei-a para cima”, revelou.
Depois voltou a ligar ao 112 e quando apareceram as autoridades, o taxista não teve mais contacto com a mulher. Antes de Sónia ficar entregue aos bombeiros, o homem ouviu-a dizer a uma agente da polícia marítima que tinha ido aquele local com as meninas para urinarem.
Sónia Lima está atualmente em prisão preventiva. Por ter tendências suicidas, a mulher de 37 anos está internada na ala psiquiátrica da prisão-hospital de Caxias. Está indiciada pelo homicídio das filhas.
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