ARS Norte garante segurança e diz que não há infetados com legionella
A Administração regional de Saúde do Norte (ARS Norte) esclareceu hoje que a bactéria 'legionella' foi detetada em análises regulares da monitorização da água do Hospital da Régua e reforçou que "não há doentes infetados".
© Reuters
País Régua
"Não há doença, nem há surto, nem há preocupação para a população da cidade. É importante passar esta mensagem relativamente há tranquilidade e há segurança dos doentes e profissionais de saúde", afirmou o presidente do conselho diretivo da ARS Norte, Pimenta Marinho, junto à unidade hospitalar.
O hospital da Régua fecha hoje, numa medida preventiva devido à deteção da presença de 'legionella' na rede de água desta unidade que está inserida no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
Dos 12 doentes ali internados, três tiveram alta e os restantes estão a ser transferidos para o hospital de Chaves, local onde vão ser colocados os nove enfermeiros que prestavam serviço na Régua.
"Num procedimento normal da vigilância da qualidade da água foi detetada a bactéria no sistema. Face a isso foram tomadas as medidas que visassem proteger os doentes e os profissionais da doença", salientou Pimenta Marinho.
A delegada regional de Saúde do Norte, Maria Neto, reforçou que a decisão de fechar o hospital foi "uma medida cautelar, de extrema cautela, que foi tomada pelo CHTMAD".
No entanto, a responsável especificou que a bactéria "foi detetada no dia 01 de março".
O período de incubação da bactéria é de 14 dias, mas segundo Maria Neto, "neste momento "não há nenhum doente" com sintomatologia.
"Não temos nenhuma informação, nenhuma queixa, nenhum sintoma, nenhum doente diagnosticado. Neste momento não temos essa informação e foram tomadas todas as medidas logo que foi detetada a bactéria para minimizar os riscos (...) Não adivinho o futuro mas face às informações de que dispomos não é provável que possam aparecer pessoas infetadas", salientou Pimenta Marinho.
A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor (aerossóis) de água contaminada de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
O CHTMAD inclui os hospitais de Vila Real, Lamego, Chaves e Peso da Régua, unidade cujo encerramento esteve por diversas vezes em cima da mesa e que estava incluída na lista de hospitais que o Governo queria devolver às misericórdias.
Questionado sobre os receios da população de que a 'legionella' seja uma desculpa para o encerramento definitivo do hospital, Pimenta Marinho disse apenas que "o problema que se está a tratar agora é o problema da bactéria da água".
"Vamos enquadrar todas as soluções que nos permitam garantir a segurança dos doentes e das pessoas. Vamos trabalhar para que possamos ter certeza e garantir tranquilidade às pessoas", sustentou.
Esta tarde decorre, na Régua, uma reunião com representantes do Serviço de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Marão Douro Norte, de técnicos do departamento de Saúde Pública da ARS Norte e da Direção Geral da Saúde.
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