Em 2015 foram assassinadas, em média, duas mulheres por mês
Foram hoje revelados os dados do Relatório Anual Final do Observatório de Mulheres Assassinadas, da União de Mulheres Alternativa e Resposta, a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
© Getty Images
País UMAR
No ano 2015 foram assassinadas 29 mulheres em Portugal e houve 39 tentativas de homicídio, sendo que a esmagadora maioria dos crimes - 87% - foram cometidos “pelas mãos daqueles com quem mantinham ou tinham mantido relações de intimidade”, lê-se no Relatório Anual Final do Observatório de Mulheres Assassinadas, da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).
Em média, todos os meses foram assassinadas 2,4 mulheres e maioritariamente os crimes ocorreram nas suas residências. Tendo em conta os dados do relatório foram ainda assassinadas cinco mulheres na via pública, quatro no local de trabalho e duas em locais isolados.
As idades das vítimas são bastante diferenciadas, não existindo um padrão, mas o relatório da UMAR confirma que os homicídios ocorreram particularmente em mulheres com idades superiores a 36 anos. Por outro lado, a maioria dos homicidas tem idades compreendidas entre os 36 e os 50 anos, apesar de haver responsáveis pelos crimes em todas as faixas etárias.
A arma de fogo é a mais utilizada, apesar de ter havido crimes cometidos com armas brancas, através de estrangulamento, afogamento, asfixia, uso de explosivos ou agressão com objetos distintos.
O documento, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, indica também que a maioria dos homicídios ocorreu “num contexto de violência doméstica”, sendo que separações não aceites, sentimentos de posse e ciúmes são algumas das motivações/justificações para o crime.
Os dados agora divulgados mostram ainda que “em 31% das situações [de homicídio] existia denúncia anterior por violência doméstica”.
Saliente-se que além dos homicídios consumados foram ainda registadas 29 tentativas de homicídio de mulheres.
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