CGTP apela à participação de todos na manifestação de 31 de março
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, apelou hoje à participação de todos na manifestação nacional da próxima quinta-feira, em Lisboa, contra a precariedade laboral que afeta milhares de jovens trabalhadores em Portugal.
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País Central sindical
Classificando a precariedade do emprego de "chaga social", Arménio Carlos denunciou que "mais de 2/3 dos jovens com menos de 25 anos não tem uma relação de trabalho estável, o mesmo acontecendo com, pelo menos, 1/3 dos jovens dos 25 aos 34 anos".
O secretário-geral da CGTP, que falava em conferência de imprensa, assinalou que para combater a precariedade, "que é hoje a única saída que os jovens encontram", é necessário que haja "solidariedade intergeracional" que se traduza numa forte adesão na manifestação da próxima quinta-feira.
O líder da CGTP referiu, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que "além de estarem sempre na iminência do desemprego, os salários que os jovens recebem situam-se entre 30% a 40% abaixo daqueles que são pagos aos trabalhadores com vínculos permanentes".
Lembrando que entre 2011 e 2015 emigraram cerca de 500 mil trabalhadores, metade dos quais com menos de 35 anos e muitos com altas qualificações, Arménio Carlos referiu igualmente que no ano passado, "apenas 25% dos jovens entre os 25 e os 34 anos, e 5% dos menores de 25 anos, tiveram direito a prestações de desemprego".
Face a estes números, o sindicalista defendeu a necessidade de "romper com o modelo de precariedade e baixos salários", uma mensagem que vai pautar o protesto do dia 31, por ocasião do Dia Nacional da Juventude, assinalado em Portugal a 28 de março.
Esta é a primeira ação de rua no âmbito da Campanha Nacional Contra a Precariedade -- Pelo Emprego com Direitos, que a CGTP vai desenvolver nos próximos quatro anos, e que foi anunciada no XIII Congresso da Inter, no final de fevereiro.
A CGTP defende, a este propósito, que a cada posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efetivo, a revogação "de todas as medidas gravosas da legislação laboral", o reforço da fiscalização do cumprimento da legislação dos apoios ao emprego, nomeadamente, dos Contratos de Emprego Inserção (CEI), e o reforço da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), entre outras medidas de combate ao trabalho precário.
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