GNR identificou populares que ocuparam posto dos CTT
Elementos da GNR identificaram os populares da freguesia de Alcoentre, Azambuja, que ocuparam esta quinta-feira a estacão de Correios local em protesto contra o seu encerramento e passagem dos serviços para uma papelaria, segundo sindicalistas e autarcas.
© Lusa
País Alcoentre
O vice-presidente da Câmara da Azambuja, Luis Sousa, juntou- se ao protesto, que está a decorrer de forma pacífica desde o meio da tarde e confirmou à agência Lusa que elementos da GNR já identificaram as pessoas que estão a ocupar as instalações dos CTT, que se encontram de portas abertas.
Questionado pela agência Lusa sobre o que iria acontecer a seguir, o comandante da GNR de Aveiras de Cima, que se encontrava no posto dos CTT de Alcoentre à civil, recusou responder às perguntas
O autarca Luis Sousa disse à Lusa que pediu há mais de um ano à administração dos CTT uma reunião, quando soube da intenção de encerrar o posto local, mas sem êxito.
"Não tivemos resposta durante um ano e insisti na semana passada. Responderam a marcar reunião para 17 de Abril, quando o posto encerra dia 01 e passa a papelaria", declarou.
Segundo Vítor Narciso, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), com o agenciamento do posto a uma papelaria há vários serviços que deixam de estar ao dispor da população.
Dezenas de populares da freguesia de Alcoentre, concelho da Azambuja, ocuparam hoje as instalações da estação dos Correios em protesto contra o encerramento anunciado pelos CTT e a passagem dos serviços para uma papelaria, e prometem não abandonar o local até haver uma resolução, admitindo pernoitar ali e até mesmo passar lá a Páscoa.
Segundo explicou o sindicalista Vitor Narciso à Lusa, "por volta da hora de fecho do estabelecimento (18:00) e deparando-se com a invasão por parte da população, o funcionário de serviço terá recebido indicações de superiores dos CTT "para fazer o que quisesse" e "foi-se embora", deixando a porta aberta.
A ação popular surge após uma concentração que se realizou durante a tarde de hoje, convocada pelo SNTCT, para protestar contra o fecho da estação dos correios de Alcoentre, anunciada pela empresa.
"Alguns serviços vão ser assegurados por uma papelaria, mas não é a mesma coisa. Há serviços, como a cobrança de vales e grandes encomendas, entre outros, que passarão a estar disponíveis ou na Azambuja ou no Cartaxo. Para ambos os lados são cerca de 40 quilómetros e não há transportes públicos com regularidade", explicou Carlos Narciso.
Fonte oficial dos CTT assegurou à Lusa que "todos os serviços postais prestados pela estação" vão ser assegurados, a partir de segunda-feira, por um posto dos correios instalado numa papelaria que fica a "700 metros da estação".
No posto de correios, a população vai poder continuar a efectuar a "cobrança de vales, incluindo o levantamento de reformas e o pagamento de facturas, assim como o envio de encomendas", deixando apenas de usufruir dos serviços de "venda de certificados de aforro, da aquisição de artigos de papelaria ou telemóveis", explicou a mesma fonte.
Em comunicado, os CTT esclarecem ainda que a "transferência de serviços", com efeitos a partir de 1 de Abril, é "consequência do sobredimensionamento da oferta dos Correios nesta área, face às necessidades, e que se concretizou numa redução em 24,6% do número de clientes que visitaram a Estação de Alcoentre entre 2008 e 2012".
Por essa razão, acrescenta a empresa, "procedeu a uma análise rigorosa, tendo em conta a necessidade de manter o acesso dos clientes ao serviço, o que está garantido".
Os CTT salientam que o impacto para a população "será nulo", dada a proximidade do posto de correios, sendo que a distribuição pelos carteiros "continuará a ser feita como habitualmente".
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