Dois dias depois de uma reunião que terminou com o Governo a deixar cair o acordo celebrado com metade dos colégios abrangidos pelos contratos de associação, a discussão não à dada por encerrada.
Numa conferência de imprensa dada esta manhã, os representantes dos colégios destacaram os prejuízos causados pela decisão do Executivo, adiantando que não vão desistir e que estão a decorrer 12 providências cautelares.
“Vão magoar e desiludir 9.800 famílias e pôr no desemprego 1.026 professores. Se algumas destas escolas não conseguirem abrir em setembro, os danos serão muitíssimo maiores”, lamentou Paulo Santos, do Movimento Escola Privada.
“Estamos disponíveis para o diálogo e para encontrar o equilíbrio. Queremos soluções”, acrescentou o responsável, adiantando que os colégios ainda não foram chamados pelo Ministério para perceber sobre quem incidiram os cortes.
Em declarações aos jornalistas, o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) reforçou que, com os contratos de associação celebrados entre o Estado e os colégios, “não há redundância financeira, mas apenas de salas”.
Para Rodrigo Queiroz e Melo, a decisão do Executivo vai levar à contratação de professores “precários” para substituir os contratados pelos colégios e vai ter um “custo acrescido para o Ministério da Educação de oito milhões de euros”.