"Acredito na solidariedade das pessoas para conseguir angariar o total necessário até ao verão de 2017", disse a jovem, em declarações à Lusa.
Marisa Naia vai promover a venda de rifas e outras atividades envolvendo a comunidade. A estudante estima precisar de 3.000 euros, verba que prevê ser suficiente para custear a expedição (1.880 euros), o voo e o equipamento.
"Escolhi a Indonésia como destino. Lá pretendo intervir na parte florestal e marinha e serei integrada num grupo de investigação", assinalou Marisa Naia, de 19 anos, em declarações à Lusa.
Este tipo de expedições e os projetos de investigação são, explicou, financiados pelos estudantes que aceitam participar como voluntários.
A Operation Wallacea, assinalou a jovem, já descobriu espécies novas por todo o mundo e algumas que tinham sido dadas como extintas, mas foram redescobertas.
Segundo explicou a estudante, a sua missão, durante duas semanas, no verão de 2017, será auxiliar os investigadores, o que permitirá aprender as técnicas utilizadas e adquirir conhecimentos sobre a fauna e a flora do país.
A jovem de Amarante frequenta o segundo ano de biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e pretende seguir carreira em conservação de espécies.
Para a futura investigadora, o mais importante desta ação de voluntariado será reunir conhecimentos sobre "o que fazer para garantir um melhor planeta para as futuras gerações".
Marisa decidiu integrar o programa de voluntariado, depois de conhecer a Operation Wallacea, organização internacional que atua em vários sítios do mundo, onde se observam fenómenos ligados à extinção de espécies, desflorestação e aquecimento global.
A Operation Wallacea reúne investigadores consagrados e alunos inexperientes em expedições relacionadas com a conservação da vida selvagem. O trabalho inclui a identificação das áreas que necessitam de proteção e a implementação de programas de conservação.
Na área florestal, revelou Marisa Naia, o objetivo principal será o impacto da desflorestação, que considera ser "um caso alarmante na Indonésia", e a monitorização dos animais.
Posteriormente, na parte marinha, a jovem frequentará um curso de mergulho que a vai preparar para iniciar um segundo trabalho que tem como objetivo a proteção dos recifes de coral.
"Estes locais albergam uma infinidade de seres únicos, principalmente nesta zona, pois é onde se encontra a maior biodiversidade de corais do mundo", explicou.
Marisa Naia promete, no final do projeto, anunciar os resultados alcançados na expedição.