Em declarações à agência Lusa, fonte da PSP confirmou que, cerca das 08:00, se encontravam agentes daquela força de autoridade em Alcântara, embora não quantificando quantos, e que se deslocaram ao local "por iniciativa própria", depois das noticias dos últimos dias sobre a retirada de contentores.
Na segunda-feira os operadores do Porto de Lisboa anunciaram que vão avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois de o Sindicato dos Estivadores ter recusado, na sexta-feira passada, uma nova proposta para um novo contrato coletivo de trabalho.
"Chegamos ao limite. Há mais de um mês que o Porto de Lisboa está completamente parado. Vamos avançar para um despedimento coletivo, porque temos que redimensionar por não termos trabalho", afirmou Morais Rocha, presidente da Associação de Operadores do Porto de Lisboa (AOPL).
Em declarações à Lusa, Morais Rocha explicou que os operadores do Porto de Lisboa avançaram segunda-feira com os trâmites para um despedimento coletivo, que é fácil de fundamentar, tendo em conta que "o Porto de Lisboa está completamente parado".
Segundo a edição de hoje do jornal Negócios, há contentores parados no Porto de Lisboa, com produtos que, não sendo bens alimentares deterioráveis, têm prazo curto de validade.
Hoje, a empresa de trabalho portuário Porlis, que o sindicato acusa de empregar estivadores em situação precária vai tentar movimentar as centenas de contentores que se encontram bloqueados desde 20 de abril, altura em que começou a greve dos estivadores, segundo o Negócios.
O Governo fixou serviços mínimos para assegurar a movimentação de cargas destinadas aos Açores e Madeira e operações de carga ou descarga de mercadorias deterioráveis e de matérias-primas para alimentação.
A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de abril, com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, recusando trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias feriados.
De acordo com o último pré-aviso, a greve vai prolongar-se até 16 de junho.