Os estivadores do Porto de Lisboa não recuam e decidiram manter a greve, que assim deve prolongar-se até 16 de junho.
Este protesto é uma reação ao anúncio dos operadores do Porto de Lisboa, que esta segunda-feira admitiram avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, uma proposta de acordo de paz social que foi recusada.
“É uma ameaça, uma tentativa de elevar o terror psicológico”, disse António Mariano, presidente do sindicato dos estivadores, confirmando a manutenção da greve em declarações aos jornalistas à saída do plenário de estivadores que se realizou esta manhã.
O sindicato admitiu ainda estender a greve para lá de 16 de junho "se não houver evoluções nos próximos tempos".
Desde as primeiras horas da manhã, um piquete de greve encontra-se junto aos portões do terminal da Sotagus, em Xabregas, na zona oriental de Lisboa.
A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de abril com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias feriados.