A audiência foi pedida pela FENPROF, em nome dos subscritores da petição que a organização sindical entregou a 03 de junho na Assembleia da República, com mais de 71.000 assinaturas em defesa da escola pública, afirmou a mesma fonte.
Entretanto, foram recolhidas mais 10.000 assinaturas, que serão entregues posteriormente na Comissão de Educação, acrescentou Mário Nogueira.
A delegação que se deslocará a Belém no dia 07 ao final da tarde será constituída por Mário Nogueira, Helena Roseta (presidente da Assembleia Municipal de Lisboa), um representante da CGTP para as questões sociais e a investigadora e ex-secretária de Estado da Educação Ana Benavente.
De acordo com Mário Nogueira, deverá também estar presente João Cunha Serra (FENPROF), Ana Sesudo (da Associação Portuguesa de Deficientes) e um representante das associações de pais.
"É uma reunião de sensibilização do Presidente da República", indicou Mário Nogueira, que pretende expor a Marcelo de Sousa as necessidades de investimento na escola pública, em vésperas de preparação do Orçamento do Estado para 2017, após vários anos de cortes financeiros.
No encontro, pretendem vincar que a escola pública faz falta ao país e que é "a única capaz de dar resposta a todos".
A iniciativa lançada pela FENPROF em defesa da escola pública num momento em que se discutia o financiamento de colégios privados foi subscrita por artistas, investigadores e autarcas, além de associações de pais e professores.
Assinaram o documento os músicos Pedro Abrunhosa, Sérgio Godinho e Fausto, a investigadora Ana Benavente, a historiadora Raquel Varela, o colunista Daniel Oliveira, a autarca Helena Roseta e o académico Santana Castilho, entre outras personalidades.
Na manifestação de 18 de junho, participaram cerca de 80.000 pessoas segundo a organização. A polícia não forneceu números.
A Lusa constatou no local que quando os primeiros manifestantes estavam a chegar ao Rossio, a cauda do desfile estava no Marquês de Pombal.