Redução de efectivos nas Forças Armadas será “criteriosa”
O Chefe de Estado Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) garantiu esta quarta-feira que a redução de efectivos será "extremamente criteriosa" e irá obedecer a critérios de mérito, adiantando não ter indicação do congelamento de novas contratações.
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País CEMGFA
"As reduções serão extremamente criteriosas e hão-de obedecer com certeza a critérios de mérito e terão fundamentalmente a ver com o mérito e com a vontade das pessoas quererem sair, não pode ser de outra forma", afirmou o general Luís Araújo, durante a conferência de imprensa em que o ministro da Defesa apresentou as ‘linhas mestras’ do documento enquadrador da reforma das Forças Armadas, intitulado ‘Defesa 2020’.
Antes, o ministro da Defesa tinha adiantado que o documento, que será discutido na reunião de quinta-feira do Conselho de Ministros, prevê que se "adequará tendencialmente o efectivo máximo das Forças Armadas entre 30 e 32 mil militares, incluindo os militares na situação de reserva na efectividade de serviço".
Actualmente, o número de militares, incluindo os que estão na situação de reserva, ronda do 38 mil.
Ainda segundo Aguiar-Branco, a redução de 4 mil militares deverá acontecer até 2015.
Questionado sobre a possibilidade de congelamento de novas contratações para as Forças Armadas, o CEMGFA disse querer "acreditar que o fluxo de contratações, a injecção de sangue novo nas Forças Armadas vai continuar".
"Não pode ser de outra forma, pode ser reduzida, não é aumentada com certeza. Mas, não vai ficar anulada, porque aí criávamos vazios que têm a ver com a transfusão de sangue novo e que se iriam verificar, principalmente nos quadros permanentes, dentro de 10 ou 15 anos", acrescentou, insistindo não ter qualquer indicação por parte do ministro da Defesa "que as contratações serão canceladas".
O CEMGFA, que disse não querer reduzir e reforma a "cortes", enalteceu a "inovação que é relevante" no documento relativa ao "compromisso tanto quanto possível do nível de investimento que será entre 1,1% do PIB, mais ou menos 0,1%".
"É assim que os países civilizados fazem, sabemos com o que contamos e, portanto, a partir daí conseguimos estruturar as nossas Forças Armadas", afirmou.
Na conferência de imprensa, o ministro da Defesa foi também questionado se tem "força anímica" para levar esta reforma a cabo, José Pedro Aguiar-Branco recordou as palavras do primeiro-ministro, quando Pedro Passos Coelho garantiu que "o Governo não desiste".
"O Governo está com ânimo, porque o ânimo que nós temos é o de poder resolver os problemas de Portugal e como não desistimos em nenhuma circunstância, face a qualquer dificuldade, não será por aí que não deixaremos de cumprir a nossa missão", sublinhou.
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