Violência doméstica foi o crime mais investigado pela comarca de Lisboa
A violência doméstica e a cibercriminalidade foram os fenómenos criminais mais investigados nos primeiros seis meses do ano pelo Ministério Público (MP) da comarca de Lisboa, indica um relatório hoje divulgado.
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País 1.º semestre
O memorando da comarca de Lisboa relativo ao primeiro semestre do ano, publicado na página da internet daquele organismo do MP, adianta que foram instaurados 1.809 inquéritos, sendo 1.585 contra homens e 224 contra mulheres.
Dos 1.809 inquéritos instaurados, 1.308 foram arquivados e 288 resultaram em acusação.
O MP da comarca de Lisboa investigou também 1.502 inquéritos relacionados com a cibercriminalidade, dos quais 1.542 resultaram em arquivamento e 21 em acusação.
Nos primeiros seis meses do ano, a criminalidade económico-financeira teve 920 inquéritos registados na comarca de Lisboa, seguindo-se os crimes fiscais, que totalizaram 623.
O memorando, assinado pelo coordenador da comarca de Lisboa, José António Branco, indica também que foram investigados, entre janeiro e junho, 576 inquéritos no contexto da criminalidade organizada e grupal e 286 de crimes relativos a agentes da autoridade, dos quais 63 foram praticados por agentes da autoridade.
De acordo com o documento, a violência relacionada com a comunidade escolar averbou 64 inquéritos, sendo 51 relativos a violência exercida contra professores e 13 contra alunos.
Entre janeiro e junho, foram também investigados por esta comarca 16 inquéritos de branqueamento de capitais e 87 casos relacionados com crimes de corrupção e afins.
Os crimes sexuais contra menores (pedofilia) deram origem a 233 inquéritos, enquanto a violência contra menores registou 128 casos, tendo 113 relação com o meio familiar e 15 fora da família.
Outros fenómenos criminais investigados, no primeiro semestre do ano pela comarca de Lisboa, estiveram relacionados com negligência na prestação dos cuidados de saúde (34), incêndios florestais (46) e tráfico de seres humanos (cinco).
No quadro da criminalidade contra pessoas vulneráveis, como idosos e deficientes, registaram-se cinco casos e no âmbito dos crimes contra profissionais de saúde forma instaurados dois inquéritos, indica ainda o memorando.
O Ministério Público (MP) da comarca de Lisboa iniciou 40.866 inquéritos criminais no primeiro semestre de 2016, menos 13 por cento do que no mesmo período de 2015.
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