Andanças: "Ninguém morreu e ninguém ficou ferido, carros são só carros"
O Notícias ao Minuto falou com um dos visitantes do festival Andanças. O carro de Naíde Müller não ficou destruído, mas tem vários amigos nessa situação. “Continuamos à espera de informação”, revelou.
© Facebook/Naíde Müller
País Testemunhas
Naíde Müller está entre as quatro mil pessoas que, esta quarta-feira, foram retiradas do recinto do festival Andanças, depois de um incêndio ter deflagrado no parque de estacionamento.
“No início, não pensei que fosse tão grave. O meu primeiro Andanças foi em 2010, ano em que houve um incêndio em floresta, com consequências menos gravosas. Tentei não entrar em pânico”, contou ao Notícias ao Minuto.
Só momentos depois se apercebeu da gravidade da situação. Quando tomou consciência disso, o pensamento de Naíde foi para os refugiados que diariamente fogem das suas casas. “Senti algo semelhante ao que um refugiado deve sentir. Havia mães que não sabiam dos filhos”, revelou.
O carro desta festivaleira de 35 anos não ficou destruído pelas chamas. “Ainda não o liguei, a polícia não deixa devido ao risco de explosão, mas aparentemente está bem”, contou. Tem, contudo, cinco amigos entre aqueles que viram os seus automóveis ser completamente destruídos.
“Estou com amigos de um grupo de biodanza. Alguns tinham computadores e instrumentos musicais nos carros. Hoje continuamos à espera de informação”, acrescentou, em declarações ao Notícias ao Minuto.
Apesar dos danos materiais, há, segundo Naíde Müller, “um espírito de valorização da vida que é a energia principal do festival”. “Ninguém morreu e ninguém ficou ferido, carros são só carros”, rematou.
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