Casas destruídas, pessoas desalojadas, bombeiros sem tréguas
Altas temperaturas têm dificultado o combate às chamas que se têm propagado.
© Global Imagens
País Incêndios
Casas destruídas pelas chamas, pessoas desalojadas e milhares de bombeiros a combater as chamas.
É este o cenário que se vive, esta terça-feira de manhã, em Portugal. De acordo com dados do site da Proteção Civil, esta manhã há 107 incêndios ativos e 2.764 bombeiros no terreno, apoiados por 876 veículos terrestres e 18 meios aéreos.
Uma das situações mais preocupantes vive-se no arquipélago da Madeira.
Pelo menos duas casas foram destruídas pelas chamas, cerca de 200 pessoas foram retiradas das suas habitações, o Hospital dos Marmeleiros foi evacuado e já se pede aos enfermeiros da ilha que se desloquem para as unidades médicas para prestar apoio extraordinário, uma vez que o fumo denso poderá provocar intoxicações nos populares.
Entretanto, foi acionado o Plano Municipal de Emergência da cidade do Funchal, isto numa altura em que as chamas estão a cerca de três quilómetros do centro da cidade.
Já no que diz respeito ao continente, são os distritos de Aveiro e do Porto os que estão a ser mais fustigados pelas chamas.
No distrito de Aveiro, são 11 os incêndios ainda ativos e que mobilizam 332 bombeiros, 111 carros e 3 aviões. Já no distrito do Porto, às 09h10, havia 27 incêndios ativos, 507 bombeiros mobilizados, 155 veículos e dois meios aéreos.
No distrito de Viana do Castelo estão em curso 17 incêndios que estão a ser combatidos por 298 bombeiros, 96 viaturas e três meios aéreos.
No distrito de Braga 322 bombeiros enfrentam o perigo de 10 incêndios contando com o auxílio de 103 veículos e um avião.
Com menos incêndios, mas com um elevado número de bombeiros mobilizados para o combate às chamas estão os distritos da Guarda (6 incêndios, 239 homens, 66 meios terrestres e 1 meio aéreo), de Leiria (2 incêndios, 139 bombeiros, 38 veículos e 2 aviões) e de Faro (1 incêndio, 293 bombeiros, 105 viaturas e 1 meio aéreo).
Os incêndios mais perigosos
Em Aveiro, lembrou o Adjunto Nacional de Operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Miguel Cruz, "a situação mais antiga é a de Arouca que se iniciou no sábado e lavra na encosta da serra da Freita. Mas o de Águeda é o que mais meios mobilizava às 7h00: 298 bombeiros, apoiados por 99 veículos".
Em Viana do Castelo, o incêndio que deflagrou em Cabração, Ponte de Lima, coloca várias habitações em perigo, tendo obrigado as autoridades a retirar várias pessoas das suas habitações e a cortar a circulação na Autoestrada 27.
Ontem à noite, cerca de 100 pessoas tiveram de ser retiradas do parque de Campismo de Pentieiros, em São Pedro de Arcos e ao final da noite a Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo decidiu acionar o Plano Distrital de Emergência devido ao elevado número de incêndios, ao cansaço dos homens, à escassez de meios e ao calor que veio, definitivamente, para ficar.
Por sua vez, as chamas que deflagraram no concelho de Gondomar foram dominadas só ao fim de dois dias. Durante 48 horas de um verdadeiro inferno, uma casa ardeu, 20 pessoas foram retiradas das suas residências e dois bombeiros precisaram de receber assistência médica.
Em Valongo viveram-se momentos de pânico quando as chamas se aproximaram perigosamente de uma zona de habitações e de uma fábrica, mas acabou por ser dominado cerca das 02h00 sem causar vítimas ou danos materiais.
O incêndio de Barcelos, no distrito de Braga, já está em fase de rescaldo, isto depois de ter colocado em perigo várias freguesias rurais.
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