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Incêndios: "Ainda não acabou. Ainda temos alguns dias pela frente"
A ministra da Administração Interna marcou presença esta tarde em Anadia, uma das localidades que tem sofrido de perto com o drama dos incêndios.
© Global Imagens
País Urbano de Sousa
Constança Urbano de Sousa, ministra da Administração Interna, esteve esta tarde no Posto de Comando da Proteção Civil a operar em Anadia, uma das localidades que tem sofrido com os incêndios florestais.
“Esta situação em Anadia felizmente já está mais calma”, disse a ministra aos jornalistas presentes, explicando que a situação está já em fase de rescaldo e que o apoio das Forças Armadas, também já no terreno, serão uma ajuda. “O grande perigo agora são os reacendimentos”.
Questionada sobre o cansaço de bombeiros que estão há dias a combater fogos no terreno, a ministra garantiu que tem havido “rotação”, mas realça que vivemos neste momento “situações extremas” e que “os recursos humanos são finitos”.
“Neste momento é tentarmos debelar esta situação. Estamos a conseguir com um esforço inexcedível destas pessoas”, reservando elogios não só aos elementos dos bombeiros e da Proteção Civil, mas também ao esforço de agentes de autoridade, autarcas e demais envolvidos.
A prioridade agora é enfrentar os fogos, alertou a ministra, lembrando que a situação “ainda não acabou. Ainda temos alguns dias pela frente”, dadas as condições climatéricas, de tempo seco e quente.
“Tivemos circunstâncias climatéricas extraordinárias. Muitos incêndios são fogo posto, é o caso aqui de Anadia sem dúvida alguma. Nenhum incêndio deflagra às 3h da manhã, ou em Águeda, às 4h da manhã. Tem de ter mão humana”, disse ainda.
“Depois desta fase precisamos de fazer neste país a reforma da floresta, como fizemos há dez anos a reforma da Proteção Civil. Isso tem que ser uma prioridade”, afirmou Constança Urbano de Sousa, revelando que já foi criado um grupo de trabalho para analisar de forma multidisciplinar o problema.
A ministra lembrou ainda que chegam amanhã mais dois aviões, agora russos, para ajudar no combate aos incêndios. Após críticas à falta de apoio de países da União Europeia, a ministra afirma que “é natural que países como França e Espanha”, que também enfrentam grandes incêndios, tenham menos margem para ajudar. Mas dever-se-á “dotar a própria União Europeia de mais meios” para o combate a fogos.
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