Governo assegura que Linha Saúde 24 “não está em risco"
O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, assegurou esta terça-feira que a linha de atendimento Saúde 24 vai manter-se a funcionar com a actual empresa, enquanto o Governo aguarda pela decisão do Tribunal de Contas sobre o novo operador.
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País Leal da Costa
"Não há o risco, seguramente, da linha ser interrompida. Vai continuar a funcionar com a actual empresa, até à entrada do novo operador. Não consigo acautelar quando é que isso acontecerá [nova gestão do serviço], já que estamos a falar de matéria burocrática, e nem sempre as coisas correm da forma mais rápida", disse Fernando Leal da Costa, após a inauguração de uma Unidade de Saúde Familiar no Bairro da Boavista, em Lisboa.
O coordenador do serviço, Sérgio Gomes, explicou à agência Lusa, há cerca de duas semanas, que o Tribunal de Contas recusou um visto ao novo contrato ganho pela PT, porque terá discordado com o critério de que a empresa venceu por ter sido a mais rápida a apresentar a proposta.
O enfermeiro acrescentou, na ocasião, que a linha de atendimento Saúde 24 custa mensalmente mais 500 mil euros do que custaria se já tivesse sido resolvido o concurso internacional para a gestão do serviço.
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) não concordou com o argumento do Tribunal de Contas, tendo já enviado a sua posição.
A completar seis anos de existência, no próximo dia 25 de Abril, e após ter ultrapassado os 4,5 milhões de contactos, a Linha Saúde 24 vai deixar de ser gerida pela LCS, empresa do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O concurso internacional tem o valor de 17,8 milhões de euros e permitirá ao Estado poupar perto de metade do que gasta actualmente com a Linha de Saúde 24, que, segundo Sérgio Gomes, impede que cerca de 20 por cento das pessoas que ligam vá às urgências.
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