Homicida de Aguiar da Beira "era bom rapaz" que se "dava bem com todos"
Os crimes de terça-feira em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, apanharam de surpresa a população de Arouca, distrito de Aveiro, de onde o presumível homicida é natural, segundo o presidente da União de Freguesias de Arouca e Burgo.
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País Reportagem
Em declarações à agência Lusa, Fernando Mendes disse que o suspeito, que mora com os pais numa casa próximo da Câmara de Arouca, "era bom rapaz e dava-se bem com toda a gente".
"Para mim e para a maior parte do povo foi uma surpresa. Que às vezes aconteçam umas peripeciazitas, como é normal na juventude, tudo certo, mas daí até ao que se passou ontem [terça-feira] vai uma distância muito grande", disse o autarca.
Fernando Mendes disse, ainda, que os pais do fugitivo "viviam muito bem", afirmando que ele "não tinha necessidade nenhuma disto".
Além da moradia no centro da vila de Arouca, que está a ser vigiada pela GNR, o suspeito tem uma quinta na freguesia da Várzea, também no concelho de Arouca, onde, em 2014, a GNR apreendeu mais de meia centena de animais de espécies protegidas e autóctones e várias armas.
Entre os animais apreendidos estava um primata, da espécie callithrix jacchus, que foi entretanto entregue ao zoo da Maia, e 52 aves, umas autóctones e outras protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES).
Da ação resultou também a apreensão de quatro armas (duas caçadeiras de canos serrados e duas armas de calibre desconhecido) e diversas munições de vários calibres.
Um militar e um civil foram assassinados a tiro na terça-feira de manhã em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade.
Já durante a tarde, na zona de Candal, um outro militar da GNR foi também ferido com uma arma de fogo.
Na sequência do tiroteio em Aguiar da Beira, a GNR montou uma operação policial na zona de São Pedro do Sul, envolvendo cerca de 200 militares, para tentar capturar o fugitivo, que deverá estar apeado e armado e conhecerá bem o terreno.
Ao início da tarde, a GNR começou a mudar o posto de comando para Tebilhão, já no concelho vizinho de Arouca, no distrito de Aveiro.
A orografia do terreno, bem como as condições climatéricas, com muita chuva e vento, têm dificultado o trabalho aos militares.
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Noticias Ao Minuto/Lusa
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