António Guterres subiu hoje ao púlpito da Assembleia-geral das Nações Unidas para proferir o seu primeiro discurso como secretário-geral das Nações Unidas. O português defendeu que é necessário promover a paz, defender as diferenças e tentar acabar tanto com os extremistas terroristas como os demasiado populistas.
Num discurso que passou pelo inglês, francês e espanhol, António Guterres lembrou que nos últimos dez anos “testemunhei em primeira mão o sofrimento dos povos mais vulneráveis à face da terra” e defendeu que “os problemas do mundo devem inspirar uma abordagem humilde”.
“Visitei campos de guerra, acampamentos de refugiados, onde nos podemos perguntar o que aconteceu à dignidade da pessoa humana? O que nos fez ficar imune ao flagelo dos mais desfavorecidos”, questionou, defendendo que é também necessário lutar contra as desigualdades de género.
Mostrando-se “perfeitamente ciente dos desafios” que tem pela frente, o português disse ser com um grande “sentido de responsabilidade” que assume este cargo, em que a sua principal missão será “fazer vigorar a carta das Nações Unidas".
"O sonho das Nações Unidas ainda não foi cumprido. Muito já foi feito mas ainda há um longo caminho. O horizonte é tangível e nós podemos atingir o bem estar de toda a humanidade", rematou, mostrando-se empenhado em continuar o trabalho do seu antecessor, Ban Ki-moon, a quem também não deixou de tecer elogios.