Família esperou quase dois meses para poder enterrar parente
Os familiares do dono de um restaurante da Gafanha da Nazaré, Ílhavo, que foi encontrado morto no fundo da ria de Aveiro em agosto passado, tiveram de esperar quase dois meses para poder realizar o funeral.
© Reuters
País Gafanha da Nazaré
O automóvel com o corpo do empresário de restauração, que estava desaparecido desde o passado mês de janeiro, foi encontrado no dia 29 de agosto, junto ao cais dos Bacalhoeiros, a poucos metros do local do restaurante.
No entanto, o cadáver só foi libertado pelo Instituto Médico-Legal para a realização das cerimónias fúnebres na última semana, depois de os testes de ADN terem confirmado a identidade do falecido.
Passados quase dois meses desde que foi encontrado, o corpo do empresário foi finalmente a enterrar no passado sábado no cemitério de Vilarinho do Bairro, Anadia - um tempo de espera que os familiares dizem ser excessivo.
"Quando descobriram o carro, pensámos logo que o funeral seria naqueles dias. Não fazíamos ideia que ainda íamos ter que esperar mais quase dois meses, além do que já tínhamos esperado, para fazer o funeral", disse à Lusa Marisa Rodrigues, filha do empresário.
Contactado pela Lusa, o assessor de comunicação do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) disse que este prazo "é perfeitamente normal", tendo em conta que "teve de se extrair o ADN de ossos".
O mesmo responsável referiu que a autópsia aos restos mortais do empresário de restauração, com recurso a especialista de Antropologia Forense, foi realizada no dia 07 de setembro, tendo-se procedido à colheita de amostras, designadamente ósseas, para determinação de ADN.
"Para o processo de identificação foi posteriormente necessário colher amostras de natureza genética, junto de familiares", adiantou a mesma fonte.
O relatório com a identificação do falecido foi enviado no dia 18 de outubro para o Ministério Público que dois dias depois determinou a entrega dos restos mortais aos familiares.
A causa da morte ainda não é conhecida, uma vez que o relatório da autópsia não está concluído.
O empresário da Gafanha da Nazaré tinha saído de casa na madrugada do dia 14 de janeiro de 2016 para ir comprar peixe à lota, mas não voltou a ser visto.
Mais de uma semana após o desaparecimento, as autoridades fizeram buscas, sem sucesso, na ria de Aveiro, com a ajuda de uma equipa de mergulhadores forenses da Polícia Marítima e de uma embarcação com sonar lateral do Instituto Hidrográfico da Marinha.
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