Advogados de Pedro Dias "desconhecem" transferência para Monsanto
O suspeito dos homicídios de Aguiar da Beira foi transferido para a cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa, confirmou o diretor-geral dos Serviços Prisionais à Lusa, mas os advogados dizem desconhecer a transferência.
© Lusa
País Aguiar da Beira
Contactado pela Lusa, o responsável da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Celso Manata confirmou que Pedro Dias foi transferido do Estabelecimento Prisional da Guarda, onde se encontrava preso preventivamente, para Monsanto.
Questionado sobre os motivos da transferência, o diretor-geral disse serem "os motivos previstos na lei para uma transferência para uma cadeia deste tipo".
O Estabelecimento Prisional de Monsanto é classificado como de segurança máxima e, segundo o último relatório de atividades da DGRSP, O EP Monsanto, "está vocacionado para responder às exigências de segurança, designadamente à criminalidade violenta e organizada, bem como a certas categorias de reclusos cujo comportamento é suscetível de criar situações graves para a segurança do Sistema Prisional e da própria comunidade reclusa".
Pedro Dias já terá sido transferido, mas, segundo disse à Lusa a advogada Mónica Quintela, a defesa do suspeito dos homicídios de Aguiar da Beira, não foram notificados da transferência.
O arguido ficou na quinta-feira em prisão preventiva "dado o elevado perigo de fuga, continuação da atividade criminosa, perturbação do inquérito" e "alarme social", segundo disse na altura a escrivã da instância local cível do Tribunal da Guarda, Isabel Mota.
Os advogados do suspeito anunciaram de seguida que iriam que vão recorrer da medida de coação para o Tribunal da Relação de Coimbra.
"O despacho da aplicação das medidas de coação foi lido, ainda não temos acesso a ele em suporte físico, em suporte de papel, nem em qualquer tipo de suporte, portanto, quando tivermos acesso ao despacho, depois, no seu tempo certo e na sede própria, iremos enquadrar e recorrer desse despacho", disse aos jornalistas a advogada Mónica Quintela.
O homem, de 44 anos, está acusado da autoria material de dois crimes de homicídio qualificado, três de homicídio qualificado na forma tentada, três de sequestro e um de roubo.
Pedro Dias entregou-se na terça-feira à Polícia Judiciária (PJ), em Arouca, ao fim de 28 dias desaparecido.
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