Falta de espaço no aeroporto de Lisboa afeta todas as companhias
A companhia aérea euroAtlantic airways considerou hoje que a falta de espaço no aeroporto de Lisboa afeta todas as transportadoras e defendeu a urgência de se procurar solução para o problema junto das autoridades competentes.
© Reuters
País EuroAtlantic
"O problema da falta de espaço no aeroporto de Lisboa afeta todas as companhias aéreas e em particular a euroAtlantic airways, pelo que é oportuno e premente procurar solução junto das autoridades competentes", disse a empresa num comunicado de imprensa.
A euroAtlantic airways lembrou que quando é necessário, e em coordenação com as autoridades aeroportuárias, estaciona as suas aeronaves nos aeroportos de Beja, Faro ou Porto, "para contribuir para o descongestionamento da placa de estacionamento de Lisboa, com significativos custos diretos e prejuízos para a sua componente de negócios de ACMI (aluguer de aviões a outras companhias aéreas)".
A posição da empresa surge depois de o acionista da TAP David Neeleman ter afirmado na quinta-feira, no 28.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, nos Açores, que a euroAtlantic airways tem muitas aeronaves estacionadas no aeroporto de Lisboa e que "se quer estacionar mais do que um dia tem que talvez mudar para o Montijo".
"A euroAtlantic airways, tal como a TAP, com quem sempre manteve e pretende manter uma relação eticamente correta e de consideração mútua, também tem, entre as componentes do seu negócio, voos regulares de e para Lisboa, nomeadamente nas rotas de São Tomé e Guiné-Bissau, pelo que, tendo em conta os direitos de antiguidade adquiridos, manterá Lisboa como a sua base principal", afirmou a companhia no comunicado.
A euroAtlantic airways é uma companhia aérea de capital totalmente português, propriedade do empresário Tomaz Metello e do Grupo Pestana e tem, desde 1997, as suas aeronaves baseadas no aeroporto de Lisboa.
O acionista da TAP David Neeleman defendeu quinta-feira que a base aérea do Montijo deve começar a ser usada como espaço temporário, nomeadamente para estacionar aeronaves, e funcionar como aeroporto no verão de 2018.
"Temos muitas aeronaves estacionadas em Lisboa que podem ser mudadas para lá. Tem espaço. Não é somente usar a pista", disse aos jornalistas, à margem do congresso de hotelaria e turismo, especificando que falava da EuroAtlantic.
Quando questionado se a TAP pretendia usar o Montijo para estacionar aviões, David Neeleman afirmou: "Estou a falar da EuroAtlantic. Tem muitas aeronaves lá [aeroporto de Lisboa] estacionadas. Se quer estacionar mais do que um dia tem que talvez mudar para o Montijo. Não se pode usar espaço [para estacionar] que está sendo usado pelas empresas que estão a trazer pessoas [turistas] para Portugal. Ninguém quer isso. Devem-se mudar as aeronaves que não estão a ser usadas e deixar-se o aeroporto para quem o está a usar para trazer pessoas".
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