Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do INEM e um dos arguidos da Operação O- (O Negativo), indiciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais e recebimento indevido, ficará em prisão preventiva, avança a RTP 3.
Cunha Ribeiro conheceu hoje as medidas de coação aplicadas pelo tribunal, no Campus de Justiça, em Lisboa, após três dias a responder a perguntas sobre a investigação ao negócio do plasma sanguíneo.
Esta é uma decisão que surge na sequência das detenções na passada quarta-feira, onde Cunha Ribeiro e outros três arguidos terão lesado o Estado em cerca de 100 milhões de euros. Os factos que ocorreram entre 1999 e 2015.
Remetente a essa altura, explicou a PGR, estão a ser investigadas “suspeitas de obtenção por parte de uma empresa de produtos farmacêuticos, de uma posição de monopólio no fornecimento de plasma humano inativado e de uma posição de domínio no fornecimento de hemoderivados a diversas instituições e serviços que integram” o Serviço Nacional de Saúde.
Na audição judicial, tentou-se perceber se os envolvidos na chamada Operação O- (O negativo) obtiveram ou não vantagens económicas que “procuraram ocultar”, com a ajuda de terceiros, o que poderá “integrar a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais”.
Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.