Lisboa vai ter reforço na capacidade de socorro a emergências
A Câmara de Lisboa assinou hoje protocolos com corporações de bombeiros voluntários da cidade para a criação do Dispositivo Integrado e Permanente de Emergência Pré-Hospitalar, projeto que prevê um reforço de seis ambulâncias para situações de socorro em 2017.
© Global Imagens
País 112
"Queremos aumentar o tipo de resposta, porque também temos em consideração os novos reptos demográficos que temos na cidade e, portanto, não podemos estar diferenciados ou distantes daquilo que é a evolução da própria cidade e temos de olhar para o futuro da cidade a 5, 10 e 15 anos e perceber que há novas necessidades", disse o vereador da Segurança e Proteção Civil do município, Carlos Manuel Castro, que falava na cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho.
Em causa estão parcerias com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Lisboa, os bombeiros voluntários Lisbonenses, da Ajuda, do Beato e de Campo de Ourique. Apesar de hoje não ter estado presente, a corporação do Cabo Ruivo também se vai juntar ao projeto.
Além do reforço do socorro em emergência pré-hospitalar, a iniciativa visa otimizar os meios do Regimento de Sapadores Bombeiros e das seis corporações de bombeiros voluntários, bem como assegurar a formação dos elementos do dispositivo, num investimento camarário de 90 mil euros.
"Estamos a transferir verbas da Câmara para os bombeiros voluntários da cidade, para que haja uma garantia de um serviço permanente de qualidade", sublinhou o autarca, falando num "passo inovador no país".
Caso este projeto-piloto, que vai ser concretizado nos primeiros seis meses do ano, seja bem-sucedido, a autarquia admite, passado esse tempo, reforçar o Dispositivo Integrado e Permanente de Emergência Pré-Hospitalar com mais ambulâncias.
Falando sobre o processo que envolveu a criação deste dispositivo, Carlos Manuel Castro ressalvou que resulta de "três anos de trabalho intenso".
"Conseguimos (...) colocar as questões e quezílias pessoais à parte e colocar o interesse dos corpos de bombeiros à frente de qualquer outro tipo de interesse e, com isso, servir a cidade de Lisboa", precisou.
Acresce que o projeto assinala o fim do "ciclo de reformas deste mandato", ao nível da segurança.
"Por um lado, no âmbito da Polícia Municipal, aquilo que está a acontecer com a passagem dos elementos da divisão de trânsito da PSP para a Câmara Municipal" e, por outro, "toda a reforma profunda que temos assumido no Regimento de Sapadores Bombeiros", especificou o vereador.
O projeto, que está a ser articulado com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), é coordenado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e conta com a colaboração da Liga de Bombeiros Portugueses.
Presente na ocasião, o presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rui Rama da Silva, reconheceu que a "negociação não foi fácil, porque havia um histórico que não era o mais simpático ou o mais animador".
Também por essa razão, este é "um momento histórico", estando em causa "um trabalho pioneiro que, inevitavelmente, terá consequências, não só aqui em Lisboa, mas, porventura, noutras capitais de distrito e noutras cidades e vilas deste país", considerou o responsável.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com