“Coragem, tolerância e convicção”. Estas foram as três palavras usadas pelo presidente da Câmara de Lisboa para caracterizar a personalidade que definiu Mário Soares ao longo da sua vida.
Garantindo que o político deixa a Portugal “um legado imortal”, sublinhou que não existe “forma de lhe agradecer” tudo aquilo que fez pelo país.
Apesar de “este ser um dia de imensa perda”, defendeu que agora o importante é Portugal e os seus cidadãos continuarem a “debater -se pelos valores que ele sempre defendeu, como a liberdade, democracia e justiça social”.
“Mário Soares lutou sempre em todos os momentos pelos valores em que acreditava e que hoje são os fundadores da democracia portuguesa e nos quais nos revemos da esquerda à direita”, reiterou.
Interrogado pelos jornalistas sobre qual a grande lição que o histórico socialista nos deixa, não hesitou em dizer que o que resta agora é a sua “grande dedicação a Portugal, a sua coragem, a sua tolerância. É uma personalidade ímpar”.
Para Fernando Medina, o antigo chefe de Estado “é capaz de ser hoje o político mais moderno que o nosso país teve”.