"Não me surpreendeu" a decisão, "os tribunais não são democráticos"
O deputado madeirense José Manuel Coelho disse hoje que já estava à espera de ir preso e que os tribunais não são democráticos e que, por isso, só se podem esperar "sentenças fascistas e reacionárias".
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País José Manuel Coelho
O Tribunal da Relação de Lisboa condenou o deputado madeirense a um ano de prisão efetiva, para cumprir aos fins de semana, no âmbito de um processo interposto pelo advogado Garcia Pereira, segundo o acórdão, datado de 26 de janeiro, a que a Lusa teve acesso.
Em março do ano passado, José Manuel Coelho tinha sido absolvido do crime de difamação pelo qual estava acusado devido a declarações proferidas em 2011 contra o advogado, a quem acusou de ser um "agente da CIA" e de "fazer processos aos democratas da Madeira" a pedido de Alberto João Jardim.
"Não me surpreendeu, porque já estava à espera que, mais mês, menos mês, mais dia, menos dia, eles me iam condenar a prisão efetiva", afirmou à Lusa o deputado madeirense, salientando estar admirado por não ter sido condenado mais cedo à prisão e que vai recorrer da decisão.
Segundo o deputado, o "órgão de soberania tribunais não é democrático, transitou do tempo do Salazar com armas e bagagens para o regime democrático".
"Ora, como temos esse sistema decalcado do fascismo, naturalmente que, a própria natureza fascista dessas instituições e dos seus titulares só se podem esperar sentenças fascistas e reacionárias", declarou à Lusa.
Nas declarações à Lusa, José Manuel Coelho lembrou que não se rende e que, mesmo que vá preso, não vai parar de lutar.
"O objetivo desses senhores juízes fascistas é com a possibilidade da minha prisão desmoralizar-me do ponto vista pessoal e tentar minar a minha combatividade de antifascista. Eu sou antifascista, sou revolucionário e quero a liberdade de expressão para o meu país", acrescentou.
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