Disfarce de "menino refugiado" gera críticas. Loja admite erro e retira-o

Ao Notícias ao Minuto, o gerente d’A Casa do Carnaval admitiu o erro e disse já ter retirado o artigo da loja.

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Goreti Pera
31/01/2017 14:23 ‧ 31/01/2017 por Goreti Pera

País

Carnaval

Uma loja dedicada à venda de disfarces de Carnaval viu-se envolvida numa onda de críticas devido a um dos disfarces colocados à venda no seu site. Em causa está um “fato de refugiado para menino”, que esta manhã estava disponível por 15 euros.

Na sua página no Facebook, a organização SOS Racismo escreveu “repudiar veementemente a iniciativa e recorrer a todos os meios para combater qualquer tipo de aproveitamento comercial da miséria e do sofrimento e qualquer iniciativa que vise menorizar e humilhar milhões de pessoas”.

A publicação, entretanto partilhada por dezenas de utilizadores, foi replicada pela Comunidade de Cultura e Arte, contando também com alguns comentários depreciativos e partilhas. Luís Monteiro, deputado do Bloco de Esquerda, usou a rede social para qualificar o artigo de “asqueroso e revoltante”.

O Notícias ao Minuto contactou o gerente da loja A Casa do Carnaval, em Lisboa, que prontamente reconheceu o erro e admitiu ter alterado, momentos antes, o nome do disfarce. Passou então a chamar-se “fato menino escolar”, como é possível constatar numa das imagens acima.

A decisão que acabou por prevalecer, face às críticas feitas principalmente nas redes sociais, foi a de retirar o produto da loja e devolvê-lo ao fornecedor. “Não queremos estas confusões e vamos devolver já o fato. Está a ser encaixotado para ir embora”, afirmou Nuno Santos, que se disse “desiludido” pelo facto de, inadvertidamente, ter ferido suscetibilidades, numa altura em que o drama dos refugiados é tão premente na sociedade.

O anúncio foi entretanto removido do site d'A Casa do Carnaval.

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