Um dos melhores graffiters é português e diz-nos como pode acabar a Terra
Chama-se Sérgio, mais conhecido por Odeith, é mestre da arte urbana (e o único a nível mundial a fazê-lo em três dimensões) e já mereceu destaque em publicações como o Washington Post ou o The New York Times. Agora, aceitou o desafio do Canal História para nos contar, através das tintas, como seria o Apocalipse em Portugal.
© Canal História / Sérgio Odeith
País Canal
Sobreviveríamos a gigantescos asteroides, mega erupções vulcânicas ou repentinas explosões de energia provenientes do espaço? Como seria o Apocalipse em Portugal? Qual dos fenómenos que pode ditar o fim da Terra tem mais probabilidades de acontecer?
São perguntas como estas a que o Canal História vai responder no programa 'O Fim do Mundo', que irá estrear em Portugal a 12 de fevereiro, às 22 horas.
Para isso, juntou-se a Sérgio Odeith, um dos maiores mestres da Arte Urbana a nível internacional e, por sinal, o único no mundo a conseguir fazê-lo a três dimensões. Especializou-se na chamada 'anamorphic art' (composições criadas em perspetiva pintadas em diferentes superfícies, como esquinas de 90º ou da parede para o chão, criando um efeito de ilusão ótica) e, a par da arte de Vhils, já mereceu destaques em publicações de grande dimensões como o Washington Post ou mesmo o The New York Times. Do seu extenso portfolio artístico destacam-se, além das pinturas 3D, os retratos de grandes nomes nacionais como Amália Rodrigues, Zeca Afonso, Nicolau Breyner ou Augusto Cabrita.
O veterano das latas de tinta, que já recebeu convites de nomes como a Qatar Airways ou lembrou Fernando Pessoa a pedido da Microsoft, aceitou o desafio do Canal História para pintar, num mural composto por dois painéis, o fim do mundo em Portugal, que pode ser visto, até 12 de fevereiro, na Gare do Oriente, em Lisboa, ou nas imagens que apresentamos acima. "Ficou um trabalho interessante", adianta o artista, satisfeito com o resultado final da obra.
Trabalhos como o de Odeith servirão, portanto, para ilustrar como poderá ou não acabar a Terra, cabendo ao Canal História explicar qual dos fenómenos tem maior probabilidade de ocorrer.
Em conversa com o Notícias ao Minuto, o artista disse não ter tido qualquer hesitação em aceitar o desafio, visto que a astronomia, mais especificamente "as catástrofes", é um tema que o fascina. Acerca das diversas teorias sobre o fim do mundo, Odeith diz não acreditar que a Terra alguma vez acabe. No entanto, dos diversos fenómenos possíveis, "uma baforada do Sol" ou "que o Sol, por alguma razão, deixe de arder" parecem-lhes os mais prováveis.
Além disso, para os interessados em experimentar algumas das formas como o mundo poderia acabar, o canal História vai também lançar uma app - disponível para Android e iOS - que proporcionará, através da realidade virtual e aumentada, animações de 'O Fim do Mundo', como o impacto de um meteorito, mega erupções, tempestades solares e até uma guerra nuclear mundial.
"Como os artistas também evoluíram, é natural que o graffiti comece a ser visto de outra forma"
Odeith diz concordar com a ideia de que a arte urbana já começa a deixar se ser vista como uma ocupação marginal, ganhando novas capacidades de se articular com a sociedade moderna. "Como os artistas também evoluíram, é natural que o graffiti comece a ser visto de outra forma", afirmou, lembrando, no entanto, que a parte ilegal de "uma pintura ou assinatura bem feita" na rua "continua a ser o lado verdadeiro do graffiti".
Este artista de 40 anos não nega que a sua visibilidade dentro de portas começou a crescer com a admiração e aplausos que foram chegando do exterior, tendo isso contribuído para que, por exemplo, tenha "a agenda cheia até junho" com vários trabalhos programados, que variam entre viagens para participações em eventos, murais de metrópoles para serem pintados ou até pedidos específicos feitos por particulares.
"Quando eu digo particular, não estou a falar em pintar o Homem-aranha no quarto dos miúdos [risos]. É mesmo alguém milionário que construiu uma esquina no próprio jardim para ser pintado e tornar-se numa pintura para poder ser vista de outro sítio do jardim com um monóculo", ilustrou, em jeito de remate.
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