Grupo português vence projeto para construir hospital em Omã
O grupo do setor da saúde português Idealmed venceu o concurso internacional para o projeto de um hospital em Muscat, no sultanato de Omã, disse hoje à Lusa o presidente do conselho de administração da empresa.
© Reuters
País Ideia
O concurso, que terá numa primeira fase um investimento da ordem dos 70 milhões de euros, foi lançado pelos sultanatos do Brunei e de Omã, em conjunto com um dos maiores grupos económicos da zona do Golfo, o grupo Suhail Bhwan, adiantou José Alexandre Cunha.
"Nós assumimos o projeto como uma condição de exportação de conhecimento de competências portuguesas nas mais variadas dimensões", afirmou José Alexandre Cunha, explicando que o futuro hospital "vai ter arquitetura, engenharia e o 'know-how' clínico portugueses".
A mesma fonte explicou que, ao abrigo do acordo, está prevista a formação de médicos, enfermeiros e pessoal técnico em Portugal, designadamente na Universidade de Coimbra, Fundação Bissaya Barreto e na própria Idealmed, ao mesmo tempo que médicos e professores destas instituições darão formação no Hospital de Muscat, numa lógica "intercâmbio e partilha de conhecimentos".
Para o presidente do conselho de administração da Idealmed, o hospital irá dar corpo à estratégia da empresa de internacionalizar as "competência sólidas e diferenciadas" que existem em Portugal e "capazes de ter sucesso em qualquer país" do mundo.
O hospital de luxo, com 100 camas e várias clínicas especializadas, deverá ser inaugurado no início de 2020, tendo já sido lançada a primeira fase do concurso de licenciamento.
"É um hospital de enorme diferenciação, tem uma matriz muito similar à matriz que assumimos para a unidade de Coimbra, reconhecida duas vezes pela entidade reguladora da saúde", salientou José Alexandre Cunha.
A Idealmed nasceu em Coimbra em 2003 com a Unidade Hospitalar de Coimbra, tendo clínicas na Figueira da Foz, Cantanhede e Pombal.
No âmbito da sua internacionalização, o grupo tem parcerias na China, onde já desenvolveu vários projetos, e está a construir um hospital em Cabo Verde, que deverá ficar pronto em 2018.
"Esta é, no fundo, é um bocadinho a matriz que sempre quisemos que é replicar fora de portas aquilo que efetivamente entendemos que podemos e sabemos fazer. Saber observar os mercados, perceber em que mercados é possível transportar este conhecimento que é nosso [nosso português] e efetivamente transportá-lo para várias regiões geográficas onde efetivamente possamos fazer diferente e fazer bem", vincou José Alexandre Cunha.
No âmbito do projeto da construção do hospital de Omã, vários médicos e enfermeiros vão receber formação em Portugal.
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