Sindicato exige esclarecimentos sobre futuro da 5.ª divisão de Lisboa
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) exigiu hoje que a direção nacional da PSP esclareça definitivamente o que vai acontecer à quinta divisão policial do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis).
© Reuters
País ASPP
A ASPP juntou hoje de manhã cerca de três dezenas de polícias em frente à sede da quinta divisão policial numa vigília de protesto contra a indefinição vivida por estes profissionais desde junho de 2016, quando surgiram rumores sobre o possível encerramento desta divisão de Lisboa.
"O que nós exigimos é esclarecimentos. Aquilo que há seis meses pedimos à direção nacional da PSP e ao Ministério da Administração Interna (MAI) é que defina ou esclareça os rumores que existem sobre o possível encerramento desta divisão", disse à agência Lusa o presidente da ASPP.
Paulo Rodrigues adiantou que esta questão tem vindo a ser colocada ao MAI e à direção nacional da PSP, mas "esta resposta nunca chegou e tem vindo a ser protelada".
O presidente da ASPP afirmou que os polícias que trabalham nesta divisão merecem uma resposta, porque estão "a viver numa indefinição, o que causa muita instabilidade".
"Quando há o encerramento de uma divisão ou de uma esquadra, temos dezenas ou centenas de profissionais que podem ser deslocados para outro lugar. É evidente que isto causa alguns constrangimentos, porque as pessoas têm que saber o que vai acontecer com a sua vida profissional para adequarem a sua vida pessoal. Quando estão a viver numa indefinição isto causa muita instabilidade e aquilo que nós queríamos da direção nacional da PSP ou do MAI era uma resposta", sustentou.
Contactada pela agência Lusa, a direção nacional da PSP referiu que a quinta divisão policial do Cometlis vai ser encerrada "enquanto estrutura", passando Lisboa a ter quatro divisões policiais.
O porta-voz da direção nacional da PSP, intendente Hugo Palma, adiantou que as esquadras que integram a quinta divisão não vão fechar, sendo divididas pelas restantes divisões.
Hugo Palma garantiu que o atendimento ao público e o patrulhamento vão manter-se, desaparecendo apenas os serviços administrativos da quinta divisão, que vão ser absorvidos por outras divisões, o que afetará algumas dezenas de profissionais.
Segundo a PSP, o encerramento da quinta divisão policial do Cometlis não deverá ocorrer em 2017 e ainda não há uma decisão sobre se estas instalações vão passar a acolher as Equipas de Intervenção Rápida de Lisboa.
Questionado com esta posição da direção nacional da PSP, Paulo Rodrigues afirmou que a ASPP e os polícias que trabalham nesta divisão ainda não receberam oficialmente qualquer resposta.
"Ficamos satisfeitos porque já há uma resposta, ainda que não nos convença totalmente", disse, lamentando que a direção nacional da PSP "tenha sido mais célere a dar uma resposta aos órgãos de comunicação social do que aos próprios profissionais".
Segundo o presidente do maior sindicato da PSP, o que está em causa não é o encerramento da divisão policial, mas que a indefinição acabe e que a decisão seja comunicada aos polícias.
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