Apresentada queixa por alegada discriminação racial em Beja
O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) apresentou uma queixa ao Ministério Público (MP) devido à existência de indícios de práticas discriminatórias contra a comunidade cigana de uma aldeia do concelho de Moura, distrito de Beja.
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País Moura
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o ACM refere que a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) considerou haver "indícios da prática do crime de discriminação racial em razão da etnia", em Santo Aleixo da Restauração, concelho de Moura.
Nesse sentido, adianta o ACM, foi apresentada queixa ao Ministério Público.
Também em comunicado enviado à Lusa, a deputada do PS Idália Serrão manifesta-se preocupada com as alegadas "manifestações racistas e xenófobas de que tem sido alvo a comunidade cigana" de Santo Aleixo da Restauração, revelando que já questionou o município de Moura sobre o assunto.
A deputada socialista dá conta de relatos sobre a "existência de inscrições xenófobas nas paredes do edificado, insultos a cidadãos de todas as idades, incluindo crianças e idosos, e ainda a destruição pelo fogo de habitações e viaturas e o envenenamento de animais".
Sublinhando a importância do papel da câmara "para por cobro a manifestações xenófobas e racistas", Idália Serrão pergunta à autarquia "se tem conhecimento e qual a avaliação que faz dos atos perpetrados nos últimos doze meses contra a comunidade cigana", entre outras questões.
As alegadas manifestações racistas e xenófobas e supostas ameaças contra a comunidade cigana de Santo Aleixo da Restauração foram divulgadas pela SOS Racismo, que lamenta a "inoperância das autoridades".
Ameaças de morte pintadas nas casas, bombas lançadas para os quintais, caixões colocados à porta, cavalo envenenado e habitações e carros incendiados são alguns dos exemplos de ameaças, segundo a organização.
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