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Todos, Governo incluído, 'culpam' Câmara por problemas no viaduto

O desvio do pilar do viaduto de Alcântara, verificado esta quarta-feira, causou o caos na circulação rodoviária e ferroviária entre Belém e Alcântara. Responsabilidade que os partidos, e até o Governo, atribuem à Câmara de Lisboa.

Todos, Governo incluído, 'culpam' Câmara por problemas no viaduto
Notícias ao Minuto

14:49 - 22/03/17 por Andrea Pinto com Lusa

País Alcântara

Por questões de segurança, porque a passagem dos comboios por baixo do viaduto "provoca vibração que pode aumentar o risco", procedeu-se ao corte do trânsito naquela zona e à interrupção do serviço de comboios também. Em causa um pilar do viaduto que está deslocado.

Entretanto, o vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa veio esclarecer que a operação de resolução do problema consistia apenas em "levantar o tabuleiro e encaixá-lo na posição correta”, algo que deverá acontecer durante a noite desta quarta-feira. Este esclareceu também que a estrutura foi alvo de uma análise em fevereiro e que tudo estaria normal, culpando um acidente com uma viatura pesada pelo sucedido.

Apesar do esclarecimento, a autarquia não se escapa a responsabilidades e muitos são os que apontam o dedo à Câmara de Lisboa pelo acontecido.

À margem de um encontro sobre a venda de ações da TAP aos trabalhadores, o secretário de Estado das Infraestruturas  reconheceu que aquele viaduto foi uma construção temporária.

"A história deste viaduto é conhecida, mas lembro que também a sua construção foi da responsabilidade da CML", disse Guilherme W. d' Oliveira Martins.

Também os vereadores do PSD e do PCP afirmaram que o desvio no pilar é responsabilidade da maioria socialista, porque resulta "da falta de investimento na manutenção da cidade".

"O atual executivo não quis investir porque prefere investir na obra que é mais visível e torna a cidade mais bonita", criticou o deputado 'laranja' António Prôa.

Já o deputado centrista João Gonçalves Pereira fez referência ao alegado acidente com o pesado que terá provocado a deslocação do pilar e disse que "do que pude constatar não há indícios de grandes batidas" no pilar, acrescentando não querer "fazer um juízo de valor sobre esta matéria", mas sim "ser factual". E disse que irá pedir ao presidente da Câmara "todos os elementos, designadamente em relação ao acidente".

Esta estrutura, que nasceu como uma solução provisória, foi reabilitada em 2005, quando Pedro Santana Lopes era presidente da Câmara Municipal.

Orçadas em 1,5 milhões de euros, as obras incluíram a colocação de piso antiderrapante, o reforço das estruturas com chapas metálicas e beneficiação geral do viaduto.

Na altura, o estudo urbanístico Alcântara XXI, realizado pela Câmara de Lisboa e pelo Governo, previa a construção de uma rotunda e de um túnel rodoviário entre a Avenida de Ceuta e a Avenida Brasília.

De salientar que a circulação foi entretanto retomada mas de forma condicionada.

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