Papa usa cálice com 50 anos feito com ouro e jóias oferecidos por doentes
O papa Francisco vai usar hoje na missa de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco um cálice feito há 50 anos com mais de 7.000 objetos de ouro oferecidos por doentes de Portugal, informou o Santuário de Fátima.
© Reuters
País Fé
Executado em 1967 por José Rosas, joalheiro do Porto, o cálice apresenta a base guarnecida com folhas relevadas e conta com várias pedras preciosas e pérolas, resultantes das peças de ourivesaria e joalharia ofertadas.
Segundo informação do Santuário de Fátima, o papa Francisco vai utilizar, também, um píxide, um recipiente onde são colocadas as hóstias, mandado executar em 1970 por António Antunes Borges, reitor do Santuário de Fátima, com o propósito de completar o conjunto da patena e cálice que haviam sido oferecidos pelos doentes de Portugal.
"Esta peça foi executada na mesma casa portuense a partir de joias oferecidas a Nossa Senhora de Fátima, tendo contado com o importante mecenato de uma benemérita", acrescentou o Santuário.
Este conjunto foi também usado pelo papa Bento XVI, em 13 de maio de 2010.
Quanto a outras alfaias litúrgicas que serão usadas nas cerimónias de hoje no Santuário, a cruz de bronze do altar foi oferecida por São Pio de
Pietrelcina (1887-1968), mais conhecido como Padre Pio, e a custódia para a bênção dos doentes é datada de 2011, da autoria de Maria Joana Delgado, e dói executada pela Casa Leitão & Irmão, antigos joalheiros da Coroa.
Esta custódia é habitualmente usada nas peregrinações aniversárias -- entre maio e outubro -- e foi encomendada pelo movimento eclesial Adoração Noturna Espanhola, para assinalar os 25 anos de peregrinações deste grupo ao Santuário de Fátima.
O papa Francisco canoniza hoje, em Fátima, os beatos Jacinta e Francisco Marto, duas crianças que, em 1917, afirmaram ter assistido à "aparição" de Nossa Senhora.
Estas serão as duas primeiras crianças não mártires a ser elevadas à categoria de santos pela Igreja Católica.
A canonização marca o ponto alto das comemorações do Centenário das Aparições da Cova da Iria e tem lugar no início da missa que o papa concelebrará no altar do recinto a partir das 10:00.
Antes, Francisco, que começou a sua visita a Fátima com um apelo à "concórdia entre todos os povos", na oração que fez na Capelinha das Aparições, tem um encontro com o primeiro-ministro, António Costa, irá rezar junto ao túmulo dos pastorinhos, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e terá oportunidade de cumprimentar o sacerdote mais velho de Portugal, com 104 anos.
Depois, paramenta-se na Basílica, desce a escadaria para o altar, onde aguarda pelo cortejo com a imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Nesse cortejo deverão participar oito cardeais, 35 bispos e muitas centenas de sacerdotes.
Após a missa, o Bispo de Roma regressa à Casa de Nossa Senhora do Carmo, onde pernoitou, para um breve almoço com os bispos portugueses, terminado o qual ruma à Base Aérea de Monte Real, onde toma lugar num avião da TAP que o levará a Roma.
Estará assim completa a sexta visita de um papa ao Santuário de Fátima. Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010) foram os anteriores pontífices a visitar Portugal.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com