MP pede prisão preventiva para Hermínio Loureiro e mais quatro arguidos
O Ministério Público (MP) pediu hoje a medida de coação de prisão preventiva para o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Hermínio Loureiro, e mais quatro arguidos detidos na operação 'Ajuste Secreto', adiantou um dos advogados de defesa.
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A proposta poderá, ou não, ser acatada pela Juíza de Instrução Criminal, Ana Cláudia Nogueira, que irá comunicar a decisão na próxima segunda-feira às 16:30.
Até lá estes cinco arguidos vão continuar detidos nas instalações da PJ do Porto onde se encontram para interrogatório.
Ainda na sessão de hoje, a juíza esteve a interrogar o antigo presidente do conselho de administração da Assembleia da República e ex-deputado do PSD João Moura de Sá, e ainda Manuel Amorim, da Direção Regional Economia do Norte.
Estes dois arguidos tinham dito inicialmente que não queriam falar durante o interrogatório, mas mudaram de ideias e disponibilizaram-se agora para responder às questões da juíza de instrução criminal.
Dos sete arguidos inicialmente detidos, dois já foram libertados, designadamente o presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, e o empresário Filipe Marques, com a condição de regressaram ao Tribunal para ouvir as medidas de coação, quando forem notificados para tal.
A operação "Ajuste Secreto" resultou de uma investigação que durava há um ano e culminou na passada segunda-feira com a detenção de sete pessoas.
Hermínio Loureiro é o nome mais mediático entre os detidos. O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol e antigo presidente da Liga Portuguesa de Futebol também foi presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis até dezembro de 2016, quando renunciou ao mandato, sendo sucedido por Isidro Figueiredo, que foi igualmente detido na mesma operação.
Entre os detidos estão ainda o ex-presidente do conselho de administração da Assembleia da República e ex-deputado social-democrata João Moura de Sá, o presidente da concelhia de Oliveira de Azeméis do PSD, José Oliveira, e três empresários da construção civil.
Os arguidos são suspeitos de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, peculato e tráfico de influência. Em causa estarão ilegalidades cometidas em concursos públicos e nos ajustes diretos de obras municipais.
No decurso da operação foram realizadas 31 buscas, designadamente a cinco câmaras municipais (Oliveira de Azeméis, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Matosinhos e Gondomar) e cinco clubes de futebol, todos do concelho de Oliveira de Azeméis, com a participação de cerca de 90 elementos da PJ e cinco magistrados do Ministério Público.
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