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Pedrógão: "Precisamos de psicólogos. Não podemos abandonar esta gente"
Pedido é feito pelo autarca de Pedrógão Grande.
© Global Imagens
País Valdemar Alves
Valdemar Alves é o autarca de Pedrógão Grande, concelho devastado pelas chamas e onde 64 pessoas perderam a vida naquele que é descrito como o incêndio mais mortífero de que há memória em Portugal.
Por esta altura, o autarca tem mantido contacto com o Executivo, nomeadamente com o ministro do Planeamento, para os tempos que se seguem. Mas há uma urgência que destacou, já esta tarde de domingo, à antena da RTP3: “As pessoas estão a precisar de apoio de psicólogos”.
No concelho de Pedrógão são várias as localidades afetadas pela tragédia.
Valdemar Alves explicou que uma especialista na área ligada aos Fuzileiros está no terreno mas que “os Fuzileiros vão ficar até quarta-feira”. E esta data, admite, “é capaz de não chegar. As pessoas sentem uma necessidade… olhavam para eles e diziam, ‘não se vão embora, estejam ao pé de nós, que precisamos de vós’”, salienta.
Questionado sobre se estava garantido o apoio psicológico a longo prazo, o autarca disse que neste momento ainda “não está”.
“A função deles [militares] não é esta, é outra, e só em catástrofe é que avançam. Isto é uma coisa que o Governo tem que rever: a função das Forças Armadas junto dos civis”, acrescentou.
“Precisamos de psicólogos. Não podemos abandonar esta gente”, disse ainda o autarca, que afirma também ter pedido este tipo de apoio para a população nas primeiras horas da tragédia.
“Liguei para a presidente de Segurança Social de Leiria, que avançou com assistentes sociais e psicólogos. Juntaram-se também outros, voluntariamente, e agora já retiraram porque já não há fogo. Enterraram-se os mortos, agora vamos tratar dos feridos”, realçou.
No sábado à noite, em entrevista à SIC, Francisco George, diretor-geral de saúde, garantiu que vítimas de Pedrógão Grande terão direito a apoio de psiquiatras e psicólogos: “Posso garantir que o Serviço Nacional de Saúde tem capacidade para dar resposta a esta população de agora em doravante”, afirmou.
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