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Cauções deixam arguidos "livres que nem um passarinho"

O ex-autarca de Gondomar, Hermínio Loureiro, foi o arguido com a medida de coação mais gravosa mas diz-se aliviado.

Cauções deixam arguidos "livres que nem um passarinho"
Notícias ao Minuto

09:34 - 27/06/17 por Notícias Ao Minuto

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Terminou, esta segunda-feira, para Hermínio Loureiro o seu envolvimento no processo 'Ajuste Secreto', operação que teve início no dia 19 de junho após uma investigação que já durava há um ano.

O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e antigo presidente da Liga Portuguesa de Futebol, era o nome mais mediático do processo em que era suspeito de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, peculato e tráfico de influência. Em causa estavam ilegalidades cometidas em concursos públicos e nos ajustes diretos de obras municipais, quando era presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.

Após serem ouvidos no Tribunal da Feira, os sete arguidos saíram ontem em liberdade do Tribunal da Feira, mas seis deles terão de pagar cauções entre 15 e 60 mil euros. Hermínio Loureiro é um deles, tendo sido alvo da medida de coação mais gravosa.

O ex-autarca vai ter de pagar uma caução de 60 mil euros, no prazo de dez dias, e está ainda proibido de contactar com os coarguidos no processo e de permanecer nas instalações da Câmara de Oliveira de Azeméis e de algumas empresas.

Apesar do castigo, o advogado do ex-autarca mostrou-se satisfeito e disse que este está agora "livre que nem um passarinho".

"Começa hoje uma etapa em que o doutor Hermínio Loureiro vai fazer tudo para provar a sua inocência", afirmou Tiago Rodrigues Bastos, revelando que para o seu cliente foi um grande alívio.

Em relação aos restantes arguidos, sabe-se que o antigo presidente do conselho de administração da Assembleia da República e ex-deputado do PSD, João Moura de Sá, e o empresário António Gomes dos Reis vão ter de pagar uma caução de 50 mil euros, cada um.

Já o empresário Filipe Marques e Manuel Amorim, da Direção Regional Economia do Norte, terão que pagar cauções no valor de 30 e 20 mil euros, respetivamente.

O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, não pode permanecer nas instalações de certas empresas e tem de pagar uma caução de 15 mil euros.

O presidente da Concelhia do PSD de Oliveira de Azeméis, José Oliveira, foi o único arguido a sair em liberdade sem qualquer caução. Fica, contudo, suspenso do exercício de funções na câmara, e está proibido de permanecer nas instalações das autarquias e dos clubes desportivos existentes no município.

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