Corrupção: Funcionário da segurança social em prisão preventiva

Um funcionário do Instituto da Segurança Social e principal arguido detido num caso de corrupção e outros crimes relacionados com a legalização de imigrantes ficou em prisão preventiva, disse hoje à agência Lusa fonte policial.

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© Reuters

Lusa
29/06/2017 15:37 ‧ 29/06/2017 por Lusa

País

'Social Number'

Os 12 detidos na terça-feira no âmbito da operação 'Social Number' foram ouvidos por um juiz de instrução criminal, tendo aos cinco outros funcionários do Instituto da Segurança Social envolvidos no caso sido aplicadas as medidas de coação de suspensão de funções e proibição de contactos com outros arguidos.

Os seis cidadãos estrangeiros também detidos na terça-feira ficaram sujeitos a medidas não privativas da liberdade, mas com a proibição de contactos com os outros arguidos.

A PJ deteve na terça-feira 12 pessoas, seis das quais funcionários do Instituto da Segurança Social, por crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder, falsidade informática e falsificação de documentos.

Segundo a PJ, o 'modus operandi' consistia na manipulação do sistema informático da Segurança Social, por meio da criação e alteração de registos na base de dados, atribuindo números de identificação da segurança social fraudulentos a cidadãos estrangeiros mediante o recebimento de contrapartidas, no valor de centenas de milhares de euros.

Durante a operação, a PJ realizou 48 buscas na área da Grande Lisboa, das quais 26 domiciliárias e 22 não domiciliárias.

As buscas não domiciliárias foram realizadas a várias empresas e a instalações da Segurança Social, designadamente ao centro distrital da Segurança Social de Lisboa, tendo sido apreendidos documentos e material relacionado com a atividade criminosa em investigação e, ainda, mais de 50 mil euros em dinheiro, revela aquela polícia.

Fonte policial disse à agência Lusa que a manipulação do sistema informático com vista à criação de um número na Segurança Social e autorização de residência permitiu a entrada ilegal em Portugal de cidadãos do Paquistão, Bangladesh, Nepal e Índia.

A operação foi efetuada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A operação, que contou com a colaboração dos serviços da Segurança Social, vai continuar com vista à continuação de recolha de prova.

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