"Não basta prometer nas horas de dor que se regressa, há que regressar"
Marcelo Rebelo de Sousa está, esta terça-feira, em Castanheira de Pera, um dos concelhos afetados pelos incêndios que deflagraram a 17 de junho.
© Global Imagens
País Castanheira de Pera
Ao contrário dos outros anos, este ano Castanheira de Pera celebra de uma forma diferente o dia do município. O concelho, ainda de luto pelas vidas que se perderam, pelos hectares que arderam, pelas vidas que ficaram em suspenso, convidou o Presidente da República para estar presente e Marcelo não disse que não.
Depois de se fazer um minuto de silêncio em memória das 64 pessoas que perderam a vida no fatídico incêndio, o Chefe de Estado sublinhou que o dia de hoje é um dia de “recomeço, de uma nova caminhada”.
Não desvalorizando o luto que a população precisa de fazer, Marcelo sublinhou que “viver o luto implica vivê-lo intensamente, mas olhando para o futuro e construindo o futuro”.
“Por isso, hoje também é dia de construção”, apontou, admitindo que se trata de um processo “difícil e lento”. Por isso, sublinhou, “quanto mais depressa começar essa reconstrução e esse recomeço, mais depressa se prestará homenagem à coragem dos últimos dias e semanas”.
E com os olhos postos no futuro, Marcelo advertiu que “nas próximas semanas e nos próximos meses tem de se arregaçar as mangas e estar no terreno para reconstruir casas, reconstruir relações, reconstruir tudo o que é necessário para a vida coletiva”.
Antes de terminar o seu discurso com um “viva Portugal”, o Presidente da República lançou um recado: “Não basta prometer nas horas de dor que se vai regressar. É preciso regressar. É preciso estar. É preciso fazer. É preciso construir. E aqui estaremos as vezes que forem necessárias”.
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