Idosos sem dinheiro para saúde contraria propaganda do Governo
Um terço de idosos inquiridos num estudo publicado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde reconheceu que já deixou de utilizar recursos nesta área por não ter dinheiro, situação que, para o Movimento dos Reformados, contraria a propaganda governamental.
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País Reformados
O estudo resultou dos 1.252 questionários elaborados através de 51 farmácias e faz parte do Relatório Primavera de 2013, que é hoje apresentado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).
Foram abrangidos idosos com mais de 65 anos da área metropolitana da grande Lisboa que tomavam de forma continuada pelo menos um medicamento para doença crónica.
Dos inquiridos, cerca de 30 por cento respondeu que já deixaram de utilizar alguns recursos de saúde por não poderem comportar os custos.
Destes 30 por cento, “cerca de 60 por cento referiu a consulta particular, 48 por cento a medicina dentária, 47 por cento referiu a aquisição de óculos e aparelhos auditivos e 25 por cento serviços públicos de saúde de primeira necessidade”.
Para Casimiro Menezes, da direção do Movimento Nacional dos Reformados Portugueses, estas conclusões contrariam a propaganda do governo.
“Em consequência da aplicação das medidas de austeridade, o que o governo tem provocado é a diminuição do acesso aos serviços de saúde, a começar pelas taxas moderadoras, que desincentivam quem precise de recorrer aos serviços de saúde”, disse.
Segundo Casimiro Menezes, “ao contrário do que o governo diz sobre a baixa do preço dos medicamentos, a verdade é que há uma percentagem de idosos que não os compra porque não tem dinheiro”.
Este dirigente associativo sublinha que a principal preocupação dos reformados idosos prende-se com a saúde a o acesso aos serviços de saúde, dos quais “se sentem cada vez mais distantes”.
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