Portugueses conseguiram alterar código genético de um ser vivo
Pela primeira vez no mundo da biologia um grupo de investigadores conseguiu alterar o código genético de um ser vivo, e, no caso, um grupo de investigadores de nacionalidade portuguesa.
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País Biologia
Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) descobriu como alterar o código genético de um ser vivo, tendo quebrado assim uma das regras sagradas da biologia, avança o Público.
Uma descoberta que começou a ser investigada no final da década de 80, quando a equipa da UA propôs que as espécies Candida conseguiram sobreviver, “apesar de terem sofrido uma alteração do seu código genético que deveria ter sido perfeitamente tóxica”, explica o jornal.
Uns anos mais tarde publicaram outro estudo, em que explicavam como é que essa ‘mudança de identidade’ teve lugar, graças à análise comparativa dos genomas de várias espécies diferentes de Candida.
"Tínhamos percebido o mecanismo de alteração e sabíamos como é que esta mudança tinha acontecido na natureza, mas faltava então perceber se - apoiados nos mesmos princípios da natureza - conseguíamos fazer isto no laboratório. Foi nesse desafio que trabalhámos nos últimos quatro anos, desde 2009. E conseguimos", explicou ao Público Manuel Santos, professor do Departamento de Biologia da UA.
"Foi a primeira vez que isto foi feito num ser vivo", sublinhou o docente, adiantando ainda que “até agora outros grupos de investigação já conseguiram manipular o código genético de organismos - como, por exemplo, a bactéria E. coli - mas apenas ao ponto de colocarem o codão a traduzir outro aminoácido além do que já faziam (assumindo uma espécie de dupla identidade)”.
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