Comandante da GNR de Beja acusado de não cumprir a lei ao cortar folgas
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) acusou hoje o comandante do Destacamento Territorial de Beja da GNR de não cumprir a lei ao cortar folgas a militares alegando falta de efetivo e realização de uma feira.
© Global Imagens
País APG/GNR
Num comunicado, a Delegação Sul da APG/GNR refere que o comandante, "alegando falta de efetivo", decidiu "suprimir" o gozo dos descansos complementares e compensatórios dos militares do destacamento entre sexta-feira e domingo e os dias 31 deste mês e 04 de setembro.
"Não fosse isso suficiente", determinou-se também que "fossem suprimidos os descansos semanais e complementares" dos militares do Posto Territorial de Cuba, que faz parte do Destacamento Territorial de Beja, entre os dias 30 deste mês e 5 de setembro, "argumentando-se" com a realização da Feira Anual de Cuba deste ano, que vai decorrer entre os dias 31 deste mês e 4 de setembro.
A APG/GNR considera a situação "insólita", porque "aqueles que têm de fazer cumprir a lei devem, em primeiro lugar, respeitá-la e não torná-la tão maleável quanto a sua vontade pessoal ou a interpretação deturpada que têm daquilo que é a missão primária da GNR, a segurança pública".
"Apenas motivos de força maior, devidamente justificados, deveriam gerar a supressão de descansos, o que não nos parece, de todo, ser o caso", defende a associação, notando que "estão em causa situações de policiamento a festividades".
Segundo a associação, "sendo óbvio" que não se trata de uma questão de ordem pública, o serviço de policiamento da feira "deveria ser requisitado pela entidade promotora e prestado em regime de gratificado, sendo concedido ou não consoante o efetivo disponível".
"É que a missão nuclear da GNR é a segurança das populações e não o policiamento a festividades", frisa a APG/GNR, exigindo ao Comando da GNR "a correção imediata" das duas situações, que "passam uma péssima imagem da instituição, já para não referir a profunda e justa indignação que os profissionais da GNR estão a sentir".
Contactado pela Lusa, o Comando Territorial de Beja da GNR, através do oficial de relações públicas, escusou-se a pronunciar-se sobre as acusações da APG/GNR.
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