Vinte bombeiros combatem fogo que deflagrou na quarta-feira
Cerca de duas dezenas de bombeiros das corporações de Machico e Santa Cruz, apoiados por 10 viaturas, estão hoje mobilizados no combate ao incêndio florestal que deflagrou ao fim da tarde de quarta-feira na zona dos Cardais, concelho de Machico.
© Reuters
País Machico
Segundo o comandante dos bombeiros municipais daquela localidade na zona este da ilha da Madeira, que falava à Lusa ao início da tarde, “o incêndio está a ser combatido em dois flancos, do lado de Santa Cruz e de Machico, e abrange uma grande área com declives acentuados, nos vales”.
O responsável adiantou que os bombeiros estão a abrir aceiros com máquinas para conseguir combater melhor o fogo.
O incêndio florestal “teve início quarta-feira à tarde num vazadouro e devido ao vento ficou fora de controlo, propagando-se para o interior da mata, numa zona de difícil acesso”, acrescentou Rui Faria.
“Durante a noite piorou, porque o vento foi forte e de direção inconstante, abrangendo uma grande área”, adiantou o comandante, considerando que “a cabeça e cauda estão controladas, mas falta os flancos”.
O arquipélago da Madeira está ainda sob a influência de uma massa de ar quente e seco tropical, do norte de África, tendo a temperatura máxima no Funchal atingido na quarta-feira o segundo maior valor em julho desde 1961, com 33,7 graus Celsius, revelou à agência Lusa Vítor Prior, diretor do Observatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera no Funchal.
O primeiro maior valor de temperatura máxima no mês de julho ocorreu em 2004, com 37,7 graus Celsius, mencionou Vítor Prior.
Devido às elevadas temperaturas, a costa sul da Madeira está em aviso laranja e a costa norte e o Porto Santo em aviso amarelo até sábado.
A temperatura máxima registada hoje foi de 32 graus na estação da Quinta Grande e 27 graus no Funchal, devendo começar a diminuir a partir de quinta-feira.
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