Meteorologia

  • 05 NOVEMBER 2024
Tempo
18º
MIN 17º MÁX 21º

Urban "pode ter queixas, mas não há nenhum processo" na AHRESP

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) disse hoje que podem existir dezenas de queixas sobre a discoteca Urban Beach, em Lisboa, mas "até à data a empresa não foi notificada de nenhum processo".

Urban "pode ter queixas, mas não há nenhum processo" na AHRESP
Notícias ao Minuto

16:58 - 15/11/17 por Lusa

País Discoteca

"Qualquer um pode fazer uma queixa", afirmou à agência Lusa a secretária geral da AHRESP, Ana Jacinto, indicando que as reclamações registadas sobre o estabelecimento noturno Urban Beach carecem de fundamento já que qualquer utente, mesmo que não consuma, pode pedir o Livro de Reclamações, situação que acontece frequentemente quando são recusadas entradas porque o espaço está com muita ocupação.

Na sequência das agressões, ocorridas na madrugada de 01 de novembro e registadas num vídeo que se tornou público, a PSP deteve três seguranças da discoteca Urban Beach.

Depois da divulgação do vídeo, o Ministério da Administração Interna (MAI) ordenou o encerramento da discoteca por seis meses, justificando a decisão não só com o episódio da madrugada de 01 de novembro, mas também com 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por alegadas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista".

Na perspetiva da AHRESP, a decisão do MAI de encerrar temporariamente o estabelecimento noturno foi "um pouco precipitada" ainda mais porque "até agora nada aconteceu à empresa de segurança".

Neste sentido, Ana Jacinto frisou que as agressões, consideradas pela AHRESP um ato "gravíssimo, lamentável e repugnável", aconteceram fora do horário de funcionamento do estabelecimento noturno, que tem licença para funcionar até às 06:00, pelo que o espaço se encontrava já encerrado aquando o episódio de violência da madrugada de 01 de novembro.

"Esses acontecimentos foram levados a cabo por seguranças de uma empresa contratada" pelo estabelecimento Urban Beach, reforçou a responsável da associação que representa os empresários da hotelaria, restauração e similares.

Devido ao encerramento deste estabelecimento noturno, "cerca de 200 postos de trabalhos" do grupo K, que é responsável pela discoteca Urban Beach e outros espaços, estão em risco, declarou a secretária geral da AHRESP.

Ana Pinho advogou ainda que os estabelecimentos de animação noturna "não têm tido o tratamento devido", já que são "um setor de grande relevância no seio do turismo".

"O nosso turista não vem só para dormir [...]. Com estes episódios lamentáveis estamos a denegrir um setor e uma empresa que está em funcionamento há muitos anos e que têm aqui uma relevância importante para a economia e para os postos de trabalho que estão em causa", reforçou a responsável.

Relativamente ao licenciamento da Urban Beach, a representante da AHRESP assegurou que a discoteca "garantia todos os requisitos técnicos de legalidade que este tipo de estabelecimentos está obrigado".

Apesar de cumprir com todas as normas legais, "há questões inerentes a problemas urbanísticos" que afetam este e outros estabelecimentos noturnos e muitos espaços de restauração e bebidas de Lisboa, "questões que estavam a ser tratadas muito antes desta ocorrência", adiantou Ana Pinho, explicando que estes espaços funcionavam com uma licença provisória de recinto, "que era constantemente renovada", após uma vistoria ao espaço.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório