GNR registou este ano 1.385 crimes de incêndio florestal em Braga

O Comando Territorial de Braga da GNR registou, nos primeiros dez meses deste ano, 1.385 crimes de incêndio florestal, mais 641 do que no período homólogo de 2016, foi hoje divulgado.

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Lusa
24/11/2017 17:33 ‧ 24/11/2017 por Lusa

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Os números foram divulgados pelo comandante distrital da GNR de Braga, Paulo Soares, que aludiu a um "exponencial aumento" dos crimes de incêndio/fogo posto em floresta, mata, arvoredo ou seara.

Segundo Paulo Soares, que falava na sessão comemorativa do Dia da Unidade do Comando Territorial de Braga, o crime de incêndio florestal foi o único que cresceu naquela região.

Os crimes de condução de veículo com taxa de álcool registados foram 926, menos 44 crimes do que em igual período do ano passado.

Decréscimo registou-se igualmente nos crimes contra o património, que atingiram a cifra de 3.865, menos 48 que em 2016, bem como na criminalidade contra as pessoas, no tráfico de estupefacientes e na condução sem habilitação legal.

"Também na criminalidade grupal, com registo de 81 ocorrências (menos seis em relação ao mesmo período), e na criminalidade violenta, com 140 crimes (menos um), é visível a referida tendência de diminuição da criminalidade no distrito de Braga", sublinhou Paulo Soares.

O comandante aludiu ainda à descida da criminalidade que atinge os grupos mais vulneráveis, designadamente aqueles que envolvem as crianças, idosos e as vítimas de violência doméstica.

"Também aqui constato com satisfação que a atividade desenvolvida, e que diz respeito aos programas de apoio a vítimas específicas e o policiamento de proximidade e visibilidade, vem produzindo os seus resultados positivos, a que não é alheio o esforço e dedicação dos militares mais diretamente ligados a estas atividades", referiu.

No que à violência doméstica diz respeito, este ano foram registados 1.004 crimes, menos um do que no mesmo período do ano anterior.

"Estes registos, apesar de encorajadores, não nos deixam tranquilos", disse ainda Paulo Soares, lembrando que "os criminosos estão sempre um passo à frente e que, por isso, as forças da autoridade não podem "baixar os braços".

Ao nível da sinistralidade registaram-se valores muito próximos dos do ano passado, sendo de salientar uma diminuição sempre importante do número de mortos e de feridos graves.

Em relação à sinistralidade, registaram-se valores "muito próximos" dos do ano passado, "sendo de salientar uma diminuição sempre importante do número de mortos e de feridos graves".

O Comando de Braga da GNR abrange uma área com cerca de 2.600 quilómetros quadrados e uma população a rondar as 630 mil pessoas.

Trata-se, como vincou Paulo Soares, de uma área com características "bastante distintas, que vão da imensa mancha florestal que caracteriza a região de Basto e do Gerês, no interior, até às áreas mais litorais, de elevada densidade populacional, associada às inúmeras indústrias que ali existem, sinónimo de maior riqueza e, consequentemente, de forte zona de atração para atividades criminais".

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