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Câmara do Porto quer alargar projeto de apoio a sem-abrigo

A Câmara do Porto quer alargar de 15 para 35 o número de utentes do Centro de Acolhimento de Emergência de pessoas em situação de sem-abrigo, que está em funções desde setembro, num investimento de 75 mil euros.

Câmara do Porto quer alargar projeto de apoio a sem-abrigo
Notícias ao Minuto

14:58 - 29/11/17 por Lusa

País Investimento

Resultado de uma parceria entre a autarquia, o Centro Hospitalar do Porto (CHP) e o Instituto da Segurança Social, o equipamento situado nas instalações do antigo Hospital Joaquim Urbano, no Porto, foi hoje apresentado pela autarquia no dia em que tentou dar novos passos no sentido de aumentar a capacidade de resposta.

O vereador do pelouro da Habitação e Ação Social da câmara, Fernando Paulo, explicou que a abertura do centro é um dos três eixos da ajuda prestada pela autarquia, citando o exemplo da equipa multidisciplinar que, em parceria com a Serviços de Assistência Organizações de Maria, sinaliza os locais na cidade onde há sem-abrigo e faz o respetivo levantamento".

Na circunstância, o vereador anunciou para meados do próximo ano a abertura de "mais dois restaurantes solidários", referindo-se, por último, ao centro de acolhimento como "um projeto-piloto, em parceria com o CHP, que disponibilizou as instalações e recursos humanos, e surge como uma resposta inovadora e diferenciada em relação às tradicionais".

"O projeto terá a duração de meio ano mas a ideia é alargar a 35 utentes, estando a negociar com a Segurança Social a identificação de uma instituição que possa ficar com o projeto e alargá-lo a outras pessoas", revelou Fernando Paulo.

No sentido de aumentar a resposta social da câmara ao problema dos sem-abrigo, anunciou uma parceria com a associação Benéfica e Previdente "que disponibilizou dois apartamentos para virem a funcionar como casa de autonomização", e a intenção de criar alojamentos de longa duração, "decorrendo conversações com a Santa Casa da Misericórdia do Porto para que a médio prazo" esse objetivo seja concretizado.

O presidente da câmara Rui Moreira lembrou que a questão dos sem-abrigo é "um esforço nacional, uma necessidade absoluta, uma solidariedade fundamental" e que apesar do Porto ser "pioneiro", está ainda "longe" de onde quer estar.

"É importante haver uma estratégia que cubra o país todo e que não obrigue as pessoas a ter de vir às cidades à procura de respostas", alertou o autarca.

O investimento inicial na casa de acolhimento é de 75 mil euros, sendo que segundo o Diretor do Centro Distrital do Porto da Segurança Social Miguel Cardoso, no distrito do Porto há "cerca de 550 pessoas a receber apoios da Segurança Social que poderão estar na tipologia de apoio aos sem-abrigo".

No centro de acolhimento, segundo a enfermeira Sónia Veloso, os utentes "têm um tempo estimado de estadia de três meses", sendo que dos 21 que desde setembro já por lá passaram, "dois saíram para outras respostas habitacionais, dois foram trabalhar para o estrangeiro, um desistiu de lá estar e outro foi encaminhado para desintoxicação".

"No final dos três meses, os utentes ou terão de sair ou, caso não haja alternativa, é-lhes renovado o acolhimento", afirmou.

O centro de acolhimento está equipado com quartos, gabinete médico, que funciona em parceria com a associação Médicos do Mundo que, uma vez por semana tem um médico no local para atender os utentes, lavandaria e engomadoria, onde cada um trata das suas roupas, e um refeitório.

Finda a apresentação, os representantes da câmara, segurança social e do CHP fizeram uma "primeira reunião", segundo Fernando Paulo, em "busca das respostas sociais" acima descritas.

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