A TVI emitiu na noite deste sábado uma reportagem cujo alvo era Paula Brito e Costa, a presidente da Associação Raríssimas, a quem a jornalista Ana Leal acusa de ter usado o dinheiro da instituição para usufruto próprio.
Em causa, estaria, por exemplo, a utilização deste dinheiro para deslocações fictícias, a compra de vestidos de alta costura e de gastos pessoais em supermercados.
A reportagem em questão já suscitou diversas reações, com muitos a criticarem a responsável pela instituição que tem como missão prestar tratamento diário a mais de 300 adultos e crianças portadores de doenças raras.
Após as reações, a instituição já veio defender-se, usando a sua página oficial de Facebook para o efeito.
“Todas as acusações apresentadas nesta reportagem são insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada”, começa por alegar a instituição, acrescentando que todas as despesas efetuadas por Paula Brito e Costa estão “registadas contabilisticamente e auditadas, tendo sido aprovadas por todos os órgãos da direção”.
Mais alega que “os vencimentos apresentados […] foram artificialmente inflacionados” e que “contrariamente ao que foi dito na reportagem, não está em causa a sustentabilidade financeira da Raríssimas”.
No que à reportagem diz respeito, a associação alega que houve “diversas gravações áudio e vídeo de reuniões internas ocorridas há meses, o que demonstra que houve um trabalho planeado de ex-colaboradores” e que essas “não transmitem a realidade dos factos, mas antes são descontextualizadas e foram obtidas de forma ilícita”.
Existem, ainda, críticas à jornalista da TVI, a quem acusam de um “jornalismo de emboscada baseado em informações manipuladas” e que nunca mostrou “disponibilidade para considerar factos adicionais que a Direção da Raríssimas se prestou a fornecer”.
Posto tudo isto, a Raríssimas garante que levará a cabo os “procedimentos legais previstos, nomeadamente o direito de resposta”.