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Autarcas do Barreiro prometem evitar fecho dos CTT no Lavradio

O presidente da Câmara do Barreiro prometeu hoje "tudo fazer" ao seu alcance para evitar o eventual encerramento da loja dos CTT do Lavradio, por prestar um serviço público fundamental a uma população maioritariamente envelhecida.

Autarcas do Barreiro prometem evitar fecho dos CTT no Lavradio
Notícias ao Minuto

16:05 - 03/01/18 por Lusa

País Indignação

"Tudo iremos fazer para reverter o processo, estamos já a contactar a administração dos CTT para lhes fazer chegar as nossas preocupações e a necessidade de manter o serviço", disse à Lusa Frederico Rosa (PS).

Os CTT - Correios de Portugal apresentaram à comissão de trabalhadores uma proposta de encerramento de 22 lojas, entre as quais a da Rua Cândido Manuel Pereira, no Lavradio, na União de freguesias de Barreiro e Lavradio.

"Vemos com preocupação [o encerramento] porque estamos a falar de um serviço de proximidade à população, uma população envelhecida, e acima de tudo as pessoas veem estes serviços como grande suporte à sua vida e coesão social do território", afirmou o presidente da autarquia.

Para Frederico Rosa, estas decisões costumam ter por base "algum suposto racional económico, mas afetam a vida de pessoas que precisam do serviço".

"Estas pessoas não se podem dar ao luxo, com mobilidade reduzida e uma população envelhecida, de ter que se deslocar alguns quilómetros até ao Barreiro, para resolver as suas questões, pagar contas, levantar as reformas ou ir ao concelho vizinho", frisou o autarca.

O presidente da câmara assegurou que, em articulação com a União de Freguesias de Barreiro e Lavradio, irá "fazer tudo para manter o serviço no Lavradio", levando aos CTT "o descontentamento", mas também soluções para manter o serviço a "cerca de dez mil pessoas".

"Estamos a falar de uma faixa muito considerável desta população residente na vila do Lavradio que não é aderente das novas tecnologias, não é aderente de novas ferramentas e que utiliza o posto, numa relação criada ao longo dos anos", explicou Frederico Rosa.

O autarca reiterou que se trata de um "serviço fundamental na vida das pessoas" e notou que a decisão dos CTT é uma consequência da privatização deste tipo de serviços.

"No poder local estamos sempre ao lado das pessoas e não podemos olhar para as pessoas apenas como um número", apontou o socialista, acrescentando que, perante as alternativas no Barreiro e na Baixa da Banheira (Moita), a estação do Lavradio "faz sentido estar aberta".

Numa nota à comunicação social, eleitos locais e do grupo parlamentar socialista manifestaram-se hoje "indignados com o encerramento" dos CTT no Lavradio.

"Enquanto presidente da Assembleia Municipal do Barreiro e líder do PS, tudo farei para impedir esta ignomínia. Esta batalha, por ser justa, será travada seja contra que interesses se levantem", afirmou André Pinotes Batista, deputado e membro da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, citado no comunicado.

A presidente da União de Freguesias de Barreiro e Lavradio, Gabriela Guerreiro, também expressou a sua "indignação e contestação" perante a decisão, assegurando levar o "assunto até onde for necessário".

Os CTT confirmaram a 02 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.

A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).

A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.

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