Buscas na Fundação "O Século"? "Estamos tranquilos e vamos esperar"
Presidente diz que na origem das buscas estão denúncias feitas contra a Fundação "O Século", mas nega as suspeitas de peculato e desvio de dinheiro.
© Global Imagens
País Emanuel Martins
A sede da Fundação “O Século”, localizada em São Pedro do Estoril, foi alvo de buscas por parte da Polícia Judiciaria (PJ) na manhã desta quinta-feira. Um dos visados foi Emanuel Martins, presidente da Fundação.
Em declarações aos jornalistas, Emanuel Martins confirmou as buscas, mas garantiu estar tranquilo, desmentindo qualquer irregularidade. Relativamente à origem das buscas, diz que se tratam de “denúncias”.
“O que houve foi denúncias, são coisas distintas. Naturalmente, os investigadores vieram cá recolher informação sobre essas denúncias. Acho que é louvável e é assim que deve acontecer. Estamos tranquilos e vamos esperar”, referiu o presidente da instituição, garantindo que “ninguém foi constituído arguido”.
“Nem havia razão para isso”, acrescentou. Por esse motivo, Emanuel Martins disse estar de “consciência tranquila” e confessou não esperar ser constituído arguido.
Relativamente às suspeitas – peculato e desvio de dinheiro –, desmentiu-as. A primeira porque, garante, na Fundação “não há privilégios” , e a segunda porque se vive “como um estado familiar”. “Acho que há queixas de que há irregularidade na contratação de algumas pessoas, que podem, inclusivamente ser pessoas de família ou não, porque de facto são muitas pessoas”. “Não temos problemas desse tipo”, garantiu.
O presidente da Fundação “O Século” realçou ainda que vê estas buscas como uma oportunidade e aproveitou para deixar críticas à Câmara Municipal de Lisboa.
É uma “boa oportunidade para a comunicação social lembrar às pessoas que a Câmara de Lisboa, essa sim, ficou-nos com 4,2 milhões [de euros] em dinheiro. Deu-nos um milhão daquilo que nos devia e disse que ‘ou é assim ou não levam nada’”, acusou.
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