"Partidos colocaram Portugal sob terrível ameaça de bancarrota"
O sociólogo António Barreto acusa, em entrevista à Antena1, “todos os partidos”, que “sempre quiseram aumentar os benefícios e as benesses”, de colocarem “Portugal debaixo de uma ameaça terrível de bancarrota”, devido aos “escândalos nacionais”, como os contratos swaps e as PPP’s. António Barreto considera ainda que “os políticos e gestores” que desta forma “lesaram o Estado” devem ser impedidos “de voltarem a fazer política” e de “ter acesso às decisões”.
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País António Barreto
“Todos os partidos sempre quiseram aumentar os benefícios e as benesses” através de “contratos a pagar daqui a 10, 20, 30, 40, 50 anos”, afirma o sociólogo e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, em entrevista à rádio Antena1, dando como exemplo “o escândalo nacional que são as Parcerias Público Privadas (PPP) e os swaps (…) que vieram hipotecar um país inteiro por muitos e muitos, muitos anos”.
António Barreto sustenta a sua tese no facto de “os dirigentes políticos” pretenderem, “além de obter vantagens para si próprios”, conseguirem também benesses “para os seus partidos” e “Governos, a favor das eleições”. Muitas vezes arranjam emprego a pessoas “para depois ganharem votos”, do mesmo modo que “arranjam concursos para empresas e grupos económicos para poderem repartir um bolo melhor, com pagamentos a longo prazo”, aponta o sociólogo, concluindo que “de repente, verificou-se que toda esta operação tinha colocado Portugal debaixo de uma ameaça terrível de bancarrota”.
Neste sentido, o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos defende que “todos eles”, todos os políticos e gestores que lesaram o Estado, “devem ser responsabilizados politicamente e judicialmente (aqueles que cometeram verdadeiras ilegalidades)”.
“Quando agora se descobre que vamos ter que pagar hospitais durante mais de 30 ou 40 anos e que vamos ter de pagar auto-estradas durante mais de 30 ou 40 anos, e que o preço final é várias vezes superior ao que seria com outros procedimentos, (…), acho que essas pessoas, esses partidos, essas instituições com nome, deviam ser tornados públicos [para saber] quem fez o quê e quem assinou o quê” para que depois de identificados sejam “impedidos de voltarem a fazer política e de ter acesso às decisões”, sustentou António Barreto.
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