Durante a apresentação do balanço da atividade deste gabinete, criado em março de 2013, o comissário Marco Almeida referiu que, apesar destes números, as mulheres continuam a ser as principais vítimas de violência doméstica.
Outro dado avançado foram as queixas apresentadas por casais homossexuais, que ascenderam a 39.
O comissário sublinhou ainda que cerca de 1.000 destas vítimas sofreram violência em contexto de namoro ou ex-namoro.
Já quanto ao tipo de violência, Marco Almeida salientou que no topo está a psicológica/emocional, seguida da física, da social, da económica e, por fim, da sexual.
Relativamente aos dias em que há mais ocorrências, o comissário assinalou que é aos domingos, sendo a segunda e terça-feira os dias em que há mais denúncias.
Destas vítimas, a maioria não apresentava qualquer lesão, mas sim ferimentos ligeiros, 171 delas sofreram ferimentos graves, 65 foram internadas e 41 estiveram de baixa médica.
Marco Almeida acrescentou que 85% das vítimas que recorreram ao gabinete nunca tinham denunciado os agressores.
Dos agressores denunciados, o comissário revelou que 1.666 tinham problemas com álcool, 833 com drogas e 337 deles tinham armas ou acesso fácil a elas.
Marco Almeida salientou ainda que durante estes cinco anos, o GAIV elaborou 3.914 planos de segurança, fez 7.912 avaliações de risco, atribuiu 3.029 estatutos de vítima, deteve cinco pessoas e apreendeu seis armas.
O GAIV, a funcionar desde o mês de março de 2013, todos os dias da semana, 24 horas por dia, é composto por um chefe e 16 agentes com formação especifica para os crimes ocorridos no seio familiar e doméstico.
O gabinete faz um atendimento personalizado, um acompanhamento pós-denúncia, deslocações com a vítima a tribunais ou Instituto de Medicina Legal (IML).